O Presidente Lula tenta convencer os líderes dos demais países que compõe o Mercosul, que estarão em reunião no Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira (07), a incluir nem que seja um parágrafo crítico, no texto final da cúpula, sobre a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo que possui valiosos poços de petróleo. O líder brasileiro irá sugerir aos demais países sul-americanos que haja uma saída pacífica para a situação, desejando que não aconteça uma guerra na região.
A expectativa é de que com a nota crítica emitida pelo bloco, pressione o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro a desistir de tentar anexar a região que atualmente pertence a Guiana, mas que já pertenceu ao seu país no passado.
Lula fala antes da reunião
Antes de começar a cúpula do Mercosul, Lula colocou o Brasil e o Itamaraty a disposição para acolher quantas reuniões forem precisas para manter a região da América do Sul em paz, reafirmando o que vem dizendo nos últimos dias, que o necessário no momento é manter a calma evitar a guerra.
Ainda em sua fala também replicada no X, ex-Twtitter, Lula diz que o bloco não pode estar desatento ao que ocorre na região, e que vê a América do Sul como uma zona de paz e de cooperação, onde a guerra não pode contaminar esse sentimento de integração regional.
Reunião com ministros
Lula agendou com urgência uma reunião no Rio de Janeiro com o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e com Celso Amorim, que ocupa o cargo de assessor especial da presidência e irão tratar especialmente sobre a tensão entre a Venezuela e Guiana pela região de Essequibo.
Lula afirma que a América do Sul precisa de paz e não de guerra (Foto: reprodução/X/@ricardostuckert)
Maduro aumenta tensão
O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou na terça-feira (05), uma série de medidas que ajudaram a aumentar a tensão na região. Dentre elas, Maduro criou uma zona de defesa integral da Guiana Essequiba e exibiu para a população em cadeia nacional o novo mapa do país com a região incorporada, afirmando que essa versão era a que seria ensinada e usada nas escolas do país.
Disputa por petróleo e revanchismo
A região de Essequibo já pertenceu a Venezuela e foi tomada pela Inglaterra durante o século XIX, quando essa detinha o controle da então Guiana Britânica. De forma arbitral e na força, os ingleses invadiram a região que pertencia aos venezuelanos e com respaldo internacional à época, anexaram a sua colônia e que perdurou por décadas.
A Venezuela reivindica a região como sua na ONU desde 1983, tentando reaver de forma pacífica. Essequibo possui áreas ricas em petróleo o que reforça ainda mais o interesse de Maduro na região, além do aspecto histórico.
Foto Destaque: presidente Lula irá se reunir com líderes do Mercosul nesta quinta-feira (07) no Rio de Janeiro. (Reprodução/ REUTERS/Adriano Machado)