Neste sábado (16), o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva chegou em Nova York, nos Estados Unidos. Durante a viagem, ele participará da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), além de um evento com o presidente norte-americano, Joe Biden.
O principal compromisso de Lula em solo norte-americano será o discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (19). O tema da assembleia será os esforços para a efetivação da Agenda 2030, que contém 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que deverão ser atingidos pelos países-membros da ONU até 2030.
Segundo Carlos Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, Lula aproveitará o discurso para mostrar as “linhas principais da sua política externa”.
Compromissos com Biden
De acordo com o Planalto, a agenda do presidente consta com dois compromissos junto a Joe Biden. Na quarta-feira (20), Lula se encontrará em um hotel com Biden, para uma reunião bilateral, cuja pauta não foi divulgada.
Após isso, ambos os presidentes lançarão uma ação conjunta em defesa do trabalho decente. Segundo o anúncio feito pelo governo brasileiro, o “avanço dos direitos trabalhistas na economia do século XXI” será o objetivo da inciativa.
O trabalho decente é um dos itens da lista de ODS criados pela ONU em 2015. Dentre os indicatores considerados por esse conceito, estão oportunidades de emprego, jornada de trabalho, rendimentos e trabalho análogo à escravidão, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Crítica de Lula aos Estados Unidos
Antes de chegar aos Estados Unidos, Lula participou do encontro do G77, em Havana, no qual criticou o governo americano pelo embargo econômico imposto a Cuba, que está em vigor há mais de 60 anos. Em seu discurso, Lula declarou:
"É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal."
Lula em discurso no G77. (Foto: reprodução/X/@brasildefato)
O presidente brasileiro também cobrou de países ricos investimentos em ações para combate ao desequilíbrio climático em países em desenvolvimento. De acordo com Lula, esses países não possuem “a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global”.
Para muitos em Cuba, Lula é visto como alguém capaz de ajudar o país na busca de um novo caminho através dos desafios que enfrenta no cenário internacional.
Foto Destaque: Lula e Biden durante encontro na Casa Branca, em fevereiro de 2023. Reprodução/G1
