Na manhã desta quarta-feira (21), antes das reuniões do G20, o presidente Lula recebeu no Palácio do Planalto o Secretário de Estado, dos Estados Unidos, Antony Blinken em uma reunião de uma hora e cinquenta minutos. O encontro teve a presença do acessor especial Celso Amorim e de Elizabeth Bagley, a embaixadora estadunidense no Brasil. Os políticos discutiram sobre as questões internas de seus respectivos países, sobre o atual genocídio no Oriente Médio e sobre as futuras eleições na Venezuela.
Imagem do vídeo da reunião entre Blinken e Lula (Foto: reprodução/ Canal UOL)
Impressões de Antonony Blinken depois de reunião
Os tópicos discutidos entre Lula e Antony Blinken estenderam-se para a recente polêmica das falas do presidente sobre os ataques de Israel contra o povo palestino. De acordo com uma fonte dada à jornalista Raquel Krahenbuhl, o Secretário de Estado esclareceu que era contra o pronunciamento de Lula sobre Israel e apontou sobre seu padrasto que foi um dos sobreviventes do Holocausto. Luiz Inácio ouviu com atenção os pontos ditados por Blinken que complementou sobre o atual esforço dos Estados Unidos para o auxílio com o povo palestino.
"O secretário discutiu o empenho dos EUA em relação ao conflito em Gaza, incluindo o trabalho urgente com parceiros para facilitar a libertação de todos os reféns e para aumentar a assistência humanitária e melhorar a proteção dos civis palestinos” – diz o informativo da embaixada estadunidense.
Blinken também elogiou o posicionamento mediador do presidente Lula em relação ao conflito territorial entre Guiana e Venezuela. A tensão começou quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro decidiu organizar um tribunal para anexar Essequibo, região pertencente à Guiana, devido a sua riqueza em minerais. Na conversa foi citada as eleições presidenciais que ocorrerão na Venezuela durante o ano de 2024 e as expectativas sobre a ascensão da democracia no país. A apuração da reunião foi feita pelo GloboNews.
Declarações do presidente Lula sobre o genócidio de Israel
O presidente Lula neste domingo (18), na coletiva dada em Etiópia, levantou declarações sobre os massacres que ocorrem na Faixa de Gaza. "Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o presidente na 37ª Cúpula da União Africana.
A fala de Lula trouxe repúdio por parte do Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que declarou o presidente do Brasil “persona non grata”, o banindo de Israel. Apesar da resposta de Netanyahu, as falas do presidente foram bem recebidas pelos palestinos e humanitários ao redor mundo. O impacto do discurso trouxe comoção global para o cessar-fogo e o fim da guerra.
Israel matou mais de 20 mil palestinos e feriu 25 mil desde do inicio do conflito no dia 7 de outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, os dois maiores hospitais de Gaza foram atacados e atualmente existem mais de um milhão de refugiados abrigados no Egito. O Primeiro-ministro de Israel afirma que os resultados dos ataques são uma busca de extinguir o grupo terrorista Hamas.
Foto destaque: Lula e Blinken (Reprodução/ Governo Federal)