Ao chamar o ex presidente da república, Bolsonaro, de "covardão", o presidente Lula direcionou o clima da primeira reunião ministerial do ano, que aconteceu nessa segunda feira dia 18, e não hesitou em apontar que houve uma tentativa de golpe nos ataques de 8 de janeiro.
Lula destacou que "pessoas no comando das Forças Armadas" recusaram a ideia de um golpe proposto pelo ex-presidente. Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público parte dos depoimentos que compõem a investigação sobre o plano de golpe.
Presidente Lula reúne ministros para a primeira reunião ministerial do ano de 2024 (Foto: Reprodução: gettyimages/Bloomberg)
Lula afirma que Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos
"Ele não teve coragem de executar seus planos, permaneceu em casa lamentando por quase um mês e optou por fugir para os EUA em vez de cumprir suas promessas, na esperança de que o golpe pudesse ocorrer fora do país, já que financiou pessoas em frente aos quartéis para tentar incitar o golpe."
Em um dos depoimentos, o ex-chefe da Aeronáutica, Baptista Júnior, relatou à Polícia Federal que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, teria ameaçado Bolsonaro com prisão caso avançasse com a tentativa de golpe de estado.
Quanto à ausência do ministro Mauro Vieira (MRE) na reunião, Lula mencionou sua viagem à Palestina, destacando que o chanceler leva consigo uma mensagem do Brasil para a região.
Primeira reunião ministerial
A reunião ministerial ocorre em um momento de dificuldades para o governo, com a deterioração dos índices de aprovação e desgastes causados por declarações do presidente sobre o conflito entre Israel e Palestina, além de ações consideradas intervencionistas na Petrobras e na Vale.
Segundo o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o encontro visa fornecer uma visão geral das ações do governo.
Foto destaque: Presidente Lula discursa para os ministros na primeira reunião ministerial do ano. (Reprodução: gettyimages)