Neste domingo (22), o parlamento ucraniano determinou a extensão da lei marcial no país por mais 90 dias. O anúncio foi realizado pelo seu canal no Telegram, com a extensão a lei passa ter seu prazo até 23 de agosto. A votação contou com 320 votos a favor segundo o conselho de Verkhovna Rada com cerca de 450 membros.
Afinal, o que é a “Lei Marcial?”, a lei marcial é uma mobilização de homens de 18 a 60 anos de saírem da Ucrânia. A medida foi imposta por conta da invasão da Rússia em território da Ucrânia, onde teve seu vigor em 24 de fevereiro de 2022; a lei marcial está presente em muitos países, porém, só ocorrem em situações “excepcionais ou inusitadas”, como a guerra entre esses dois países ou até mesmo desastres naturais.
O presidente se pronunciou sobre a medida da lei vigorada: “Para garantir a defesa do Estado, mantendo a prontidão ampla de combate e movimentação das forças armadas da Ucrânia e outras formações militares”.
Tropas militares em Kiev (Foto Reprodução: REUTERS/ Valentyn Ogirenko).
Além de todo o bloqueio para saída de homens nessa idade, o presidente Zelensky ordenou recrutamento de militares: “recrutamento de recrutas, reservistas para o serviço militar, sua entrega a unidades militares e instituições das Forças Armadas da Ucrânia”, além de pessoas para prestar serviços para auxílio do estado.
Mesmo a decisão do prolongamento ter sido uma decisão difícil tomada pelo presidente, Zelensky crê que a decisão tomada foi precisa principalmente para mobilizar suporte de outros países, sejam eles da Otan ou de locais próximos e também para mobilizar soldados para tentar suprir o avanço russo.
Mesmo sem ter conquistado a cidade de Kiev, as tropas da Rússia concentram seus ataques em cidades no Leste ou próximas do mar, principalmente nas cidades de Mauripol, Kharkiv e Chernihiv. O presidente acredita que a Ucrânia ainda consiga ter apoio militar com a entrada na OTAN, mas ainda não teve nenhum levantamento para sua entrada e no momento pede ajuda humanitária de todas as formas.
Foto Destaque: Presidente Volodymyr Zelensky. Reprodução. Ukrainian Presidential Press Service/ Handout/ REUTERS.