A companhia aérea Latam revelou nesta quarta-feira (12) que está prestes a sair do processo de recuperação judicial (Capítulo 11) no início do mês de novembro. A empresa foi fortemente atingida pelos efeitos da pandemia do Covid-19, e por isso teve que pedir recuperação judicial nos Estados Unidos em maio de 2020 após as negociações de financiamento com o BNDES fracassarem.
Para deixar para trás esse processo, a Latam emitiu 1,15 bilhão de dólares em títulos, alguns com vencimento em cinco anos e outros com vencimento em sete anos. No entanto, segundo a Coluna do Broadcast, essa ação foi menos favorável para a empresa do que ela esperava. Além disso, a companhia também conseguiu um financiamento no valor de 1,1 bilhão de dólares por cinco anos. Tais recursos vão ser usados para pagar um outro financiamento que a empresa havia feito no início do processo de recuperação judicial.
O presidente da Latam, Roberto Alvo, comentou sobre as condições de liquidez da empresa depois da recuperação. “Em um contexto muito desafiador e dinâmico, estamos no caminho para concluir o financiamento exigido pelo Plano de Reestruturação. Nas próximas semanas, esperamos sair do Capítulo 11 com US$ 2,2 bilhões de liquidez e uma redução da dívida de cerca de 35% em relação ao que tínhamos quando começamos esse processo”, disse o presidente.
Roberto Alvo, presidente da Latam (Foto: Reprodução/FlightGlobal)
A Latam foi a companhia aérea com operação doméstica no Brasil que mais foi afetada pela pandemia do Covid-19. Como ela é a empresa que possui a maior operação internacional no país e a pandemia fez com que quase todos os voos internacionais fossem cancelados, ela teve que suspender grande parte de seus voos para o exterior.
Assim, durante seu processo de recuperação judicial, a Azul, outra companhia aérea, anunciou várias vezes a tentativa de comprar a Latam, que acabou conseguindo fechar um acordo em um período de exclusividade de negociação que lhe era assegurado pela justiça dos EUA.
Foto destaque: Avião da Latam. Reprodução/Ivan Alvarado/Reuters