Ambulantes animados e carismáticos fazem a muito tempo parte da identidade das praias do Rio, é comum ver pelas areias, vendedores oferecendo todo tipo de produto, desde cerveja e milho na manteiga, até tranças coloridas no cabelo. Porém, bandidos vem usando dessa profissão uma nova tática de abordagem para cometerem furtos, principalmente nas praias da zona Sul da cidade, sobretudo numa das praias mais famosa, a de Copacabana.
Essa meneira de agir se intensificou entre 2017 e 2019, de acordo com informações do Extra, desde o Reveilon até o início de maio deste ano, foram feitas oito prisões pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal (GM-Rio), pelo menos um flagrante a cada duas semanas. Mesmo não havendo tanta repercussão, relatos nas redes sociais e de frequentadores revelam que crimes se tornaram constantes.
Moradora de Copacabana, Juliana D’Almeida Cruz, de 23 anos, diz que já se acostumou com as ações e tomou medidas para se proteger e evitar as abordagens, como por exemplo não levar nada de valor e ficar menos tempo na praia, “Foi a segunda vez só este ano em que presenciei esses camelôs roubando na praia, além de um arrastão em janeiro” - relata a universitária.
Ilustração mostra como agem os bandidos (Foto: Reprodução/O Globo)
Os turistas estrangeiros são os principais alvos, por vários motivos, o que facilita é o fato de que eles não estão habituados e desconhecem o modo de agir de um vendedor local, no dia 1º de maio, a Guarda Municipal prendeu um falso ambulante de 21 anos que havia furtado uma pochete, o celular, e uma caixinha de som de uma turista alemã. É mais comum optarem por itens leves e de fácil armazenamento, como isopores e pequenas caixas, que facilitam numa eventual fuga.
No dia 20 de maio, a Polícia Militar iniciou a operação Bom Dia Copacabana, que reforça a presença dos agentes nas principais vias e na orla do bairro. Além do próprio 19º BPM (Copacabana), vêm sendo empregados na iniciativa homens das UPPs da região e até da Polícia Civil.
Além de intensificar a fiscalização por parte dos órgãos fiscalizadores, a Secretaria Especial de Ordem Pública (SEOP) estuda elaborar uma nova identificação para os vendedores cadastrados, com o objetivo de ajudar os ambulantes legalizados a proposta ainda em análise inclui o uso de crachá e de uniforme padronizado.
Foto destaque: Ambulante em Copacabana. Reprodução/Agencia Brasil.