Em um discurso realizado nesta segunda-feira (09), o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, declarou que o país ampliará sua capacidade nuclear. Segundo Jong-un, a decisão faz parte de uma estratégia para reforçar a segurança nacional e responder às ameaças externas, citando diretamente os Estados Unidos e seus aliados. As informações foram divulgadas pela mídia estatal norte-coreana, KCNA.
Fortalecimento da capacidade nuclear
Durante o evento de celebração da fundação da Coreia do Norte, o presidente Kim Jong-un anunciou que implementará uma política com a finalidade de aumentar “exponencialmente” a quantidade de armas nucleares no país asiático. Segundo ele, a “capacidade nuclear e sua prontidão para usá-la adequadamente a qualquer momento” seriam para garantir os direitos de segurança do Estado norte-coreano. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (10) pela mídia estatal, KCNA.
Misseis Balisticos norte-coreano durante desfile militar em 2017 (Reprodução/AFP/STR/Getty Images Embed)
Resposta às ameaças externas
Para o líder norte-coreano, esse reforço é fundamental para assegurar a soberania e os direitos de segurança de seu país, em um momento de tensões geopolíticas crescentes. A expansão do arsenal nuclear norte-coreano, segundo o líder, seria uma resposta direta às “várias ameaças” impostas pelos Estados Unidos e seus aliados. Kim ressaltou que uma forte presença militar é essencial para enfrentar essas pressões e, assim, proteger a Coreia do Norte diante das potências ocidentais.
Tentativa de acordo e conflitos no Oriente
Em 2019, Donald Trump, então presidente dos Estados Unidos, reuniu-se com o presidente norte-coreano, porém, nenhum acordo foi firmado naquela oportunidade. O anúncio da ampliação do arsenal norte-coreano feito por Kim ocorre em um momento de grande tensão no Oriente, com a guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos tentam intervir diplomaticamente e militarmente para o fim dos dois conflitos, porém, com as eleições americanas marcadas para o próximo 5 de novembro, essas decisões podem ser adiadas.
Foto Destaque: Presidente norte-coreano Kim Jong-Un (Reprodução/Contributor/Getty Images Embed)