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Justiça federal suspende o aplicativo Telegram no Brasil

Justiça decreta suspenção do aplicativo Telegram por não entregar dados completos para investigação de ataques em escolas. Multa pode chegar a R$ 1 milhão por dia.

26 Abr 2023 - 19h50 | Atualizado em 26 Abr 2023 - 19h50
Justiça federal suspende o aplicativo Telegram no Brasil  Lorena Bueri

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Federal (PF) do Espírito Santo, solicitou a Interrupção do aplicativo Telegram no Brasil. Após a organização não entregar dados para investigação de grupos neonazistas no aplicativo. Ele também será removido das lojas Google Play Store e App Store, impossibilitando novos download. Além disso, as operadoras de telefonia devem suspender os acessos aos usuários. 

Desde a última quinta-feira (20), a Justiça solicitou que o aplicativo entregasse dados da plataforma para a investigação de um grupo suspeito pelos ataques às escolas. Após uma apuração policial, foi descoberto que o adolescente de 16 anos que matou quatro pessoas em ataque a duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, interagia com conteúdo neonazista em transmissão no Telegram. Por essa razão, foi solicitado a liberação de dados dos administradores e integrantes do grupo. Além do mais, a Polícia Federal encaminhou uma multa que pode chegar a R$ 1 milhão por dia, até que a organização entregue os dados completos às autoridades. Até o momento, foram entregues algumas informações cadastrais, mas os números dos celulares não foram enviados para a PF, o que levou a paralisação do aplicativo. Todas as informações são essenciais para as investigações dos suspeitos. 

A investigação sobre esses grupos extremistas vêm sendo feita pelo Ministério da Justiça e teve início após o caso da escola de Aracruz. Segundo autoridades, a apuração mostra uma ligação de grupos de mensagens em São Paulo e Goiás, que estariam “convocando” jovens do Maranhão com conteúdos neonazistas.


Flavio Dino, Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil/Sérgio Lima/Poder360/Reprodução


Em abril, o Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino, afirmou durante coletiva de imprensa divulgada pelo G1, “Eles estavam sediados em São Paulo e Goiás recrutando jovens no Maranhão. Recrutando jovens para a prática de violência em escolas.”. A denúncia foi feita pelos mesmos jovens que disseram ter sofrido assédio na internet. 

Foto destaque: Aplicativo telegram/redes sociais/Reprodução

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