A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens materiais de cerca de 52 pessoas e 7 empresas suspeitas de financiar os golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Ato golpista do dia 8 de janeiro (Foto: Reprodução/Brasil 247)
Alguns bens já estão bloqueados, entre eles encontra-se carros de luxo e ônibus de turismo.
De acordo com documentos, o empresário Ademir Luis Graeff teve sua Mercedes Benz, modelo GLA 250, bloqueada para contribuir com o dinheiro dos prejuízos causados pelos invasores.
Ele é, atualmente, empresário no Paraná, região onde Jair Bolsonaro (PL) teve grande apoio durante as eleições presidenciais.
Amir Roberto El Dine, também empresário, teve cinco veículos bloqueados, com a mesma finalidade de cobrir prejuízos causados ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Já a empresa de Turismo, Gran Brasil Viagens e Turismo Ltda, do estado de Minas Gerais, teve sete ônibus bloqueados.
Os civis e empresas suspeitas de financiarem a invasão terão, durante o processo, a oportunidade de se defender e explicar a situação.
Se conseguirem comprovar que não possuem ligação com os atos golpistas, terão seus bens devolvidos.
A AGU pediu à Justiça Federal nesta quinta-feira (19), que o valor bloqueado dos patrimônios de pessoas físicas e empresas envolvidas nos atos de vandalismo, suba para R$ 18,5 milhões.
Segundo a Advocacia-Geral, o reajuste é necessário, uma vez que a União recebeu ofícios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados, com os valores atualizados dos prejuízos causados pelo ato antidemocrático.
Desse modo, estima-se que os danos cheguem em R$ 7,9 milhões no Palácio do Planalto; R$ 5,9 milhões no STF e R$ 1,1 milhão na Câmara dos Deputados, sem levar em consideração a restauração das obras de artes danificadas ou roubadas, cujo valor é inestimável.
Foto destaque: Atos golpistas. Reprodução/ GZH