O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata), deve se reunir com líderes do Congresso nesta terça-feira (16) para continuar as negociações sobre o teto da dívida.
“Nossa expectativa é que o Congresso faça o que for necessário, mesmo enquanto continuamos a ter discussões paralelas sobre o orçamento”, afirmou o chefe do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Lael Brainard, à CBS no domingo.
Apesar do prazo apertado para firmar um acordo, os dois lados ainda não encontraram um terreno comum no debate sobre os níveis de gastos. Enquanto a Casa Branca defende que o Congresso deve aumentar o limite máximo de endividamento do país, os republicanos, que são maioria na Câmara dos Deputados, exigem o aumento do teto mediante a um compromisso de corte de gastos.
Em abril, os republicanos da Câmara aprovaram uma legislação que aumentava o teto da dívida em US$ 1,5 trilhão e estabelecia US$ 4,8 trilhões em cortes de gastos como contrapartida. Os democratas dizem não concordar com outros pontos da legislação, como a revogação da proposta que facilita o perdão de empréstimo estudantil.
Joe Biden volta a negociar o teto da dívida nesta terça-feira (Foto: Reprodução/Pixabay.com)
Os republicanos ainda sofrem pressão do ex-presidente Donald Trump (Republicano), que defende que o país entre em default a menos que as demandas do partido sejam atendidas.
Caso não haja um acordo para elevar o teto da dívida do país, o governo poderá entrar em paralisação e a prestação de serviços estatais será afetada – servidores públicos deixam de receber o salário e atividades não essenciais podem ser suspensas.
Sobre o teto da dívida
O teto da dívida é a quantidade total de dinheiro que o governo federal estadunidense está autorizado a tomar emprestado para cumprir as obrigações legais existentes, que incluem os benefícios de Seguridade Social e Medicare, restituições de impostos, salários militares e outros pagamentos.
Atualmente, o limite máximo de dívida emitida pelos Estados Unidos é de US$ 31,4 trilhões. O valor é 42,7% maior em relação a 2019, antes da pandemia do coronavírus, e 250% superior a 2007, no período anterior à Grande Crise Financeira.
Foto Destaque: a Casa Branca. Reprodução/Aaron Kittredge/Pexels.com