Por meio do Diário Oficial do Estado, o governador João Doria (PSDB) decretou nesta quarta feira (2) ponto facultativo durante o carnaval. O decreto vai valer nas repartições públicas do Estado de São Paulo. Ele vai passar a valer no dia 28 de fevereiro, segunda feira, ao dia 2 de março até as 12h, quarta feira de Cinzas.
O ponto facultativo tem como exceção em lugares que prestam serviços essenciais e de interesse público com funcionamento ininterrupto, como serviços de saúde, segurança e transporte.
No ano passado, o ponto facultativo foi cancelado pelo governo, devido ao avanço da covid-19. No Estado, tinham seis regiões na fase vermelha e outras onze regiões na fase laranja. O governo cancelou o carnaval para conter os casos de covid.
João Doria fala sobre ponto facultativo (Foto: Reprodução/Marcos Vieira/EM/D.A.PRESS)
Neste ano, no dia 7 de janeiro, devido a pandemia e o avanço da variante Ômicron, João Doria não autorizou ter festas fechadas de carnaval em todo o Estado, onde grande parte já anunciou que não vai haver festas públicas. Para justificar a decisão, o governador disse: “Com relação a aglomeração em locais fechados para o carnaval o governo do estado de São Paulo não autorizará, em nenhum município poderemos ter festas de salão, ou em áreas fechadas e nem manifestações de rua, carnaval de rua.”
Apesar do avanço da pandemia e de casos da Ômicron, no Brasil a comparação de casos nesse ano e no mesmo período de 2020 e 2021 é menos elevada. De acordo com os especialistas, essa situação está atribuída à vacinação e ao fato da variante Ômicron ter um quadro clínico menos grave que a covid-19. Ainda sim, não é seguro ter a realização do carnaval, já que está tendo o aumento de casos e alta demanda de atendimentos nos hospitais.
Sobre os casos da covid-19, Jean Gorinchteyn, Secretário Estadual da Saúde, diz: “É muito importante lembrarmos que os internados nas unidades de terapia intensiva (UTI’s) são 2.842. No pico da primeira onda, nós tivemos 6.500 internações. E no pico da segunda onda, somente nas UTI’s, nós tivemos 13.150 internados. Portanto, um número bem menor (que hoje)” disse Jean.
Foto Destaque: João Doria. Reprodução/Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo