Nesta sexta-feira (19), o Japão se consagra como quinto país a realizar um pouso na Lua, terceiro em um século, depois da China e da Índia. A Jaxa, Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, divulgou o pouso bem-sucedido às 00:20 do sábado (20) no horário local, 12h20 de sexta-feira, no horário de Brasília.
A possível perda de informação
A princípio, a sonda a dois metros de altitude do solo soltaria dois minirrobôs e outro dispositivo que conseguem captar as imagens. O pouso foi realizado corretamente, porém, os painéis solares acoplados a estes dispositivos não estão funcionando, e a Jaxa informou que desligariam algumas funções para poder economizar ao máximo as baterias desses dispositivos, estendendo a duração delas. Provavelmente, isso diminuiria o tempo de presença na lua e, quando essas cargas se esgotassem, perderiam a conexão com a Terra.
Missão do módulo japonês que pisou na lua (Vídeo: reprodução/YouTube/Recordnews)
Lançado em setembro
Lançado em setembro do ano passado, esse dispositivo entrou em órbita lunar em 25 de dezembro do ano passado. Com isso, o Japão se torna o quinto país a fazer o pouso em superfície lunar — e talvez o primeiro a realizá-lo da maneira mais precisa — por volta de 100 metros do seu alvo, que seria uma especial cratera perto do Mar de Néctar, para poder investigar as origens da lua através da decomposição das rochas, utilizando uma nave inteligente de investigação da lua, o chamado SLIM (Smart Lander of Investigating Moon), cujas duas sondas equipadas fotografarão o local da aterrissagem, o que permitirá o monitoramento da nave espacial.
Devido ao tempo de demora na comunicação com a Terra, por volta de um mês, serão feitas as análises das imagens, visando confirmar o feito. A missão também tem o objetivo de investigar a possível presença de água e assim seria possível a implantação de bases lunares.
Foto destaque: Lançamento JAXA (Reprodução/Jaxa)