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Japão despejará água radioativa de Fukushima no oceano

O governo japonês está prestes a revelar sua decisão sobre a controversa questão do descarte da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico.

21 Ago 2023 - 15h53 | Atualizado em 21 Ago 2023 - 15h53
Japão despejará água radioativa de Fukushima no oceano Lorena Bueri

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou que a determinação do governo quanto ao início da liberação controlada da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico será revelada nesta terça-feira, (22). No mês passado, o plano para despejar a água tratada da usina superou o último obstáculo regulatório, recebendo a aprovação do órgão regulador nuclear das Nações Unidas.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a liberação projetada não terá um impacto ambiental de grande magnitude e está em conformidade com práticas semelhantes adotadas por outras instalações nucleares, incluindo as dos Estados Unidos.

Apesar das garantias de segurança, a possibilidade de mais de um milhão de toneladas de água serem gradualmente liberadas no Pacífico a partir da usina nuclear gerou inquietação tanto no Japão quanto entre seus países vizinhos. Há muito tempo, os sindicatos de pescadores locais do Japão vêm se opondo a esse plano. Seus membros sustentam que essa ação poderia comprometer os esforços de restauração da reputação, após diversos países terem proibido a importação de produtos alimentares japoneses devido a preocupações com radiação.

Essa preocupação também ecoou nos países vizinhos, com o governo chinês emergindo como um crítico especialmente vocal. As autoridades chinesas declararam a proibição da importação de alimentos oriundos de dez províncias japonesas e estabeleceram requisitos rigorosos de testagem para produtos alimentares das demais áreas do Japão.

Na Coreia do Sul, pescadores estão apreensivos com a ameaça à subsistência, e os habitantes locais estão acumulando mantimentos devido ao receio de contaminação. Na semana passada, funcionários do maior mercado de peixes de Seul conduziram testes de radiação em produtos frescos de diversas barracas, numa tentativa de tranquilizar os compradores preocupados.


Águas residuais tratadas armazenadas em tanques em Fukushima (Foto: reprodução/Daniel Campisi/CNN)


O contexto e a necessidade do descarte

A água é usada para resfriar os reatores da usina, que foi desativada em 2011 após os reatores terem sofrido colapsos devido ao terremoto e tsunami que atingiram o país naquele ano.

Essa água, contudo, se torna radioativa e precisa ser armazenada em tanques. Porém, esses tanques estão próximos de atingir sua capacidade máxima, o que torna essencial o descarte controlado.

O governo japonês assegura que a água passou por um processo de filtragem que removeu a maior parte dos elementos radioativos, à exceção do trítio, um isótopo de hidrogênio de difícil separação da água. Antes de ser liberada no Oceano Pacífico, a água tratada será diluída para apresentar níveis de trítio significativamente abaixo dos limites internacionalmente estabelecidos.

Impacto nas relações internacionais e necessidade de transparência

Apesar das garantias dadas pelo governo japonês e pelas organizações internacionais de segurança nuclear, a decisão de liberar a água radioativa tratada no Oceano Pacífico continua a suscitar preocupações nas relações internacionais. A medida tem o potencial de afetar não apenas a reputação do Japão como também suas relações comerciais com países vizinhos e parceiros comerciais ao redor do mundo.

A necessidade de transparência nesse processo de liberação também se torna crucial. Tendo em vista as preocupações manifestadas por pescadores, habitantes locais e governos estrangeiros, a divulgação detalhada dos procedimentos de diluição, monitoramento e os resultados de testes regulares pode ajudar a mitigar parte das apreensões e construir a confiança necessária para enfrentar essa questão complexa e delicada.

Foto destaque: Usina nuclear de Fukushima, no Japão. Reprodução/Shohei Miyano/Kyodo News/AP/picture alliance.

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