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Israel e Hamas: novo acordo poderá garantir pausa de dois meses no conflito em Gaza

Enviados de Israel e Hamas conversam com intermediários para tentarem chegar a um acordo que contemple as propostas de ambos os países envolvidos no conflito; guerra se aproxima do quarto mês

28 Jan 2024 - 10h36 | Atualizado em 28 Jan 2024 - 10h36
Israel e Hamas: novo acordo poderá garantir pausa de dois meses no conflito em Gaza Lorena Bueri

Israel e Hamas parecem dispostos a entrar em uma nova fase do conflito através de um acordo que, segundo o The New York Times, deve ser selado nas próximas semanas. As negociações lideradas pelos EUA podem resultar numa pausa de dois meses no conflito e a libertação de mais de 100 reféns mantidos pelo grupo radical palestino.

Fontes ouvidas pelo The New York Times demonstram estar confiantes em relação ao sucesso das negociações, embora ainda haja divergências importantes a serem resolvidas. Na sexta-feira (26), o presidente Biden conversou por telefone com os líderes do Egito e do Catar, intermediários do Hamas, a fim de contornar tais divergências. 

Autoridades do Egito, Catar e de Israel se encontram hoje com o diretor da C.I.A, William J. Burns, em Paris, para discutirem as propostas apresentadas nos últimos dez dias por Israel e Hamas. As autoridades envolvidas nas negociações tentam contemplar os desejos de ambos os lados, que reconhecem a urgência da situação e concordam em cooperar para que as discussões avancem e prosperem. Se Burns tiver sucesso nas negociações, Biden pretende enviar o coordenador para assuntos do Oriente Médio, Brett McGurk, para ajudar a finalizar o acordo.


Soldadas israelenses na linha de frente em Gaza (Foto: reprodução/Instagram/@avishag_sy)


Embora a proposta do Hamas de um cessar-fogo permanente para a libertação de todos os reféns não ter sido atendida, a possibilidade de uma pausa pode ser fundamental para que novos acordos diplomáticos sejam feitos no período. Além disso, autoridades acreditam que após concretizada a pausa de 60 dias, Israel não voltará com os ataques na mesma intensidade. A proporção de palestinos a serem libertados ainda precisa ser negociada, mas não é vista como uma questão de impasse.

“Ambos os líderes afirmaram que um acordo de reféns é fundamental para estabelecer uma pausa humanitária prolongada nos combates e garantir a assistência humanitária adicional para salvar vidas civis em toda Gaza”, informou a Casa Branca nesta sexta-feira (26). O comunicado foi uma espécie de resumo da conversa do presidente com o Xeque Mohammed bin. Abdulrahman al-Thani, primeiro-ministro do Catar.

As propostas para um acordo mais amplo

Além de permitir mais ajuda humanitária em Gaza, a ideia é que nos primeiros 30 dias de pausa nos combates, mulheres, idosos e reféns feridos sejam libertados pelo Hamas. Nesse tempo, ambos os lados deveriam acertar os detalhes da segunda fase do acordo, que suspenderia as ações militares por mais 30 dias em troca de soldados israelenses e civis homens detidos.

Em declaração feita no último sábado (27), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu seu compromisso com a libertação dos reféns que não foram libertados naquela primeira trégua, em novembro. Esta pausa foi mediada por Biden com o Catar e o Egito e proporcionou a libertação de mais de 100 reféns pelo Hamas e de cerca de 240 palestinos detidos por Israel. 


Primeiro-ministro de Israel comanda a retaliação militar que já matou mais de 25 mil pessoas desde outubro, maioria mulheres e crianças (Foto: reprodução/Bir Sultan/Reuters)


Durante o comunicado, Netanyahu reforçou, apesar das pressões internacionais, seu compromisso com o conflito armado: "estamos determinados a terminar a tarefa, a eliminar o Hamas. E se demorar, não cederemos na missão", disse.

Acordo pode impactar positivamente outras relações

Recentemente, Biden foi alvo de críticas dentro de seu próprio partido. A ala mais à esquerda dos democratas questionou o apoio dado a resposta de Israel após o ataque de 7 de outubro. Portanto, se bem-sucedido, o acordo poderá aliviar a tensão interna do governo, bem como minimizar a volatilidade no Oriente Médio, uma vez que a trégua de sete dias ocorrida em novembro resultou na diminuição de ataques de outros grupos iranianos contra alvos estadunidenses e israelitas.

 

Foto destaque: soldados israelenses na Faixa de Gaza (Reprodução: Instagram/@avishag_sy)

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