A defesa de Israel contou neste sábado (13) com a ajuda militar para interceptar e destruir um ataque de drones e outras armas militares vindas do Irã. Estados Unidos, França, Reino Unido e Jordânia reforçaram a defesa israelense e destruíram grande parte de drones não tripulados enviados pelo Irã em retaliação a um ataque atribuído, mas não confirmado a Israel, a sua embaixada na Síria no início deste mês.
Ao todo foram lançados 300 projéteis diferentes como drones e mísseis de cruzeiro. A defesa israelense alega que a grande maioria foi interceptada e destruída por aliados e pelos seus sistemas de defesa antiaérea. Uma minoria alcançou o solo de Israel, causando pequenos danos. Apenas uma criança de 10 anos ficou ferida no ataque.
Ajuda dos Estados Unidos
Os Estados Unidos são aliados históricos de Israel e já haviam anunciado que, em caso de ataque do Irã, iriam colaborar com a defesa israelense, que aconteceu neste sábado (13). O Comando Central dos Estados Unidos, Centcom, comunicou no X (ex-Twitter) que interceptou e destruiu 80 drones e seis mísseis balísticos que estavam em direção de Israel, vindos do Iêmen e do Irã.
A França
A ajuda francesa não foi confirmada por nenhum órgão governamental ou militar oficial do país, mas as Forças de Defesa de Israel (IDF em inglês) afirmam que a França esteve envolvida na ajuda a Israel. A IDF diz que o país europeu tem uma tecnologia excelente de radares, caças e contribuíram para o patrulhamento do espaço aéreo. O ministro das Relações Exteriores de Israel agradeceu no X o apoio francês.
Reino Unido
Outra ajuda europeia veio do Reino Unido, que afirmou por meio de nota emitida pelo Ministério da Defesa, que enviou caças da Força Aérea Real britânica e alguns aviões-tanque que servem para reabastecer outras aeronaves em voo.
A nota diz sem muitos detalhes que os caças enviados interceptarão quaisquer ameaça aérea que esteja dentro do alcance das missões britânicas existentes na região. O governo de Israel também agradeceu o apoio do Reino Unido.
Domo de Ferro interceptando os projéteis vindos do Irã (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Saleh Hamad/AFPTV/AFP)
Jordânia
O único país árabe e muçulmano que confirmou ter interceptado e destruído alguns mísseis e drones vindo do Irã foi a Jordânia. O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, disse em entrevista a uma televisão local que o país agiu apenas por defesa própria, pois havia um risco desses artefatos atingissem seu território.
Segundo o ministro, não houve intenção de ajudar Israel, havendo apenas uma avaliação de perigo real de que mísseis oriundos do Irã caíssem sobre a Jordânia e causassem algum tipo de dano. Ayman al-Safadi afirmou que se o ataque partisse de Israel e cruzasse o país também agiria da mesma forma.
Segundo a agência de notícias Reuteurs, o rei Abdullah da Jordânia conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reafirmar sua posição de neutralidade e que seu país não será palco para uma arena de guerra. A Jordânia faz fronteira com a Síria e o Iraque, que são aliados do Irã, além de Israel e da Arábia Saudita, que adota a neutralidade.
Foto Destaque: caças dos EUA ajudaram na defesa israelense contra ataque iraniano (Reprodução/Getty Images Embed/ Christopher Pike/Bloomberg)