Neste domingo (10), o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu concedeu uma entrevista e subiu o tom sobre as críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos Joe Biden, que afirmou que os o exército israelense deveria evitar as mortes de inocentes e que a população em sua maioria não apoiava as ações, e garantiu que irá invadir a cidade de Rafah, pois segundo ele, o 7 de outubro só será apagado após o grupo Hamas ser extinto completamente.
Críticas dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden concedeu uma entrevista ao canal MSNBC, repreendendo duramente Benjamin Netanyahu, mas reafirmando ao mesmo tempo o apoio de seu governo a Israel. Biden disse que Israel tem o direito de se defender, de perseguir o Hamas, porém deve-se ter um olhar mais atentos nas ações realizadas para não haver mais vítimas civis que não tem participação no grupo.
Ao emitir sua opinião pessoal, ele afirmou que Netanyahu está prejudicando mais Israel do que ajudando e que a maioria da população não está mais apoiando as ações do exército israelense. Biden finalizou dizendo que quer um cessar-fogo o quanto antes.
Rebatendo Biden
Um dia após a declaração do presidente estadunidense Joe Biden que fez duras críticas a como a guerra entre Israel e Hamas tem se encaminhado, Benjamin Netanyahu rejeitou as falas duras do norte americano, afirmando que estavam erradas as análises e propôs um desafio a Biden, para que ele prove que a maioria da população está realmente contra suas estratégias.
Benjamin Netanyahu garante que Israel terminará suas ações militares em menos de dois meses (Foto: reprodução/X/@Reuters)
Invadir Rafah
Netanyahu garante que não irá embora de Rafah até eliminar por completo o Hamas. Ao ser questionado se ele avançou a linha vermelha, ele disse que a quem cruzou primeiro foi o grupo armado palestino no dia 7 de outubro e que para que nunca mais algo parecido aconteça, ele irá, segundo suas palavras, destruir o exército terrorista do Hamas. Sem detalhar os próximos passos, ele declarou que em menos de dois meses a operação especial poderia terminar.
O Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, onde estes fazem jejum em parte do dia e da noite, se reunem para orar em mesquitas e é religião seguida pela maioria da população de Gaza e dos países do Oriente Médio ao redor de Israel, começou neste domingo (10) a noite e vai até o dia 09 de abril. Havia uma esperança de que houvesse um cessar-fogo neste período, porém Israel segue atacando alvos do Hamas, e existe um temor de que outros grupos, como o hezbollah no Líbano, intensifiquem os ataques contra os israelenses, aumentando a tensão na região.
Foto Destaque: o primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu (Reprodução/X/@CNN)