As Forças de Defesa de Israel confirmaram nesta quarta-feira (18) que o hospital atacado na Faixa de Gaza não sofreu impacto direto pelo bombardeio do dia anterior (17). Militares ainda acusaram o Hamas de inflar número de vítimas na tragédia.
O ataque aconteceu nesta terça-feira (17) e deixou quase 500 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde local. O Hamas acusou Israel e disse que o ato é um “genocídio”. Israel rebateu dizendo que, segundo informações, o bombardeio ocorreu após um ataque mal sucedido do grupo Jihad Islâmica.
Ataque feito por foguete
Segundo Israel, o foguete que atingiu a instituição pertencia a Jihad Islâmica, um grupo extremista que tem o Hamas como aliado. Em imagens aéreas divulgadas, mostra a área do hospital antes e depois do ataque. De acordo com a Defesa de Israel, não havia sinais de danos significativos nos prédios da região nem crateras visíveis.
Bombardeios feitos pelas Forças de Defesa de Israel costumam deixar crateras visíveis, segundo informações de militares. Eles usaram um ataque como exemplo que deixou uma cratera de 19 metros de diâmetro.
"A análise das nossas imagens aéreas confirma que não houve impacto direto no próprio hospital. O único local danificado está fora do hospital, no estacionamento, onde podemos ver sinais de incêndio, sem crateras e sem danos estruturais nos edifícios próximos", disse comunicado israelense.
O grupo Jihad Islâmica
Jihad Islâmica é um grupo do Oriente Médio que faz oposição militar a Israel e está ligado ao Hamas. O grupo foi fundado nos anos 1980, no Egito. Foi fundado por estudantes universitários de Gaza e para os Estados Unidos, União Europeia e Israel trata-se de um grupo terrorista.
Grupo Jihad Islâmica. (Foto: reprodução/Atia Mohammed/Flash90)
O grupo já assumiu ataques suicidas e terroristas ao longo dos anos e é contra a existência do Estado Israelense. Em 7 de outubro, em outro ataque, se uniu a ação do Hamas, mas negou ser responsável pelo ataque ao hospital.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto de três dias por conta do ataque ao hospital. Segundo eles, o ataque foi um massacre.
Autoridade Palestina também é um grupo, contrário ao Hamas e não possui nenhum poder político na Faixa de Gaza.
Foto destaque: área destruída na Faixa de Gaza. Reprodução/Agência Wafa