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Iraque acusa Israel de violar seu espaço aéreo em ataque contra o Irã e envia protesto formal à ONU

Nesta segunda-feira (28), o Iraque enviou um documento à ONU denunciando uma "flagrante violação" de sua soberania por parte de Israel, ocorrida durante um ataque contra o Irã na sexta-feira passada

28 Out 2024 - 17h09 | Atualizado em 28 Out 2024 - 17h09
Iraque acusa Israel de violar seu espaço aéreo em ataque contra o Irã e envia protesto formal à ONU Lorena Bueri

O Iraque apresentou nesta segunda-feira (28) um protesto formal à ONU contra Israel, acusando-o de ter utilizado seu espaço aéreo para realizar um ataque contra o Irã no último sábado (26). Em comunicado, o porta-voz do governo, Bassim Alawadi, classificou a ação como uma "flagrante violação" da soberania iraquiana.

Na carta enviada ao secretário-geral da ONU e ao Conselho de Segurança, o Iraque declarou que planeja contatar os Estados Unidos, aliado de Israel, "para tratar dessa violação". O exército israelense realizou bombardeios contra instalações militares no Irã no sábado, em retaliação aos ataques com mísseis realizados por Teerã em 1º de outubro contra seu território.


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Imagem da Bandeira de Israel (Foto: reprodução/Paul Sounders/GettyImages Embed)


Resposta iraniana

Na segunda-feira, o Irã prometeu uma "resposta firme" a Israel. "Estamos usando todos os meios ao nosso alcance para responder de maneira firme e eficaz à agressão do regime sionista", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghai.

Baghai também expressou a expectativa de que "os amigos iraquianos adotem as sanções necessárias" e impeçam a repetição de tais incidentes. Ele declarou estar confiante de que "nenhum país vizinho permitiu que o regime sionista" utilizasse seu espaço aéreo.

As forças armadas iranianas também acusaram Israel de usar o espaço aéreo iraquiano, normalmente acessado pelos militares dos EUA, para o lançamento de mísseis aerotransportados de longo alcance com ogivas leves.

O Iraque, por sua vez, busca evitar envolver-se em um novo conflito. Embora o governo iraquiano mantenha proximidade com o Irã, também possui uma parceria estratégica com Washington, que mantém tropas no país como parte de uma coalizão internacional contra o terrorismo jihadista.

Além disso, o Iraque abriga facções armadas pró-Irã, responsáveis por dezenas de ataques com foguetes e drones contra tropas americanas no Iraque e na Síria. Esses grupos, agora atacando Israel, estão contribuindo para o aumento da tensão regional.

No domingo, uma facção conhecida como Brigadas do Hezbollah condenou o uso do espaço aéreo iraquiano durante o ataque israelense ao Irã. A facção acusou os americanos de cumplicidade, dizendo que "controlam os céus iraquianos" e advertiu que tanto Israel quanto os EUA "pagarão o preço" "no momento e lugar adequados".

Reunião na ONU

A comunidade internacional intensifica os esforços para encontrar uma solução para o conflito, que já se arrasta há mais de um ano no Oriente Médio. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir com urgência nesta segunda-feira, após um pedido do Irã para discutir a situação.

Na noite de domingo, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, sugeriu uma trégua de dois dias em Gaza para possibilitar a libertação de reféns israelenses mantidos no enclave. A proposta incluiria a troca de quatro reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

A trégua foi proposta pelo general Hassan Rashad, recém-nomeado chefe do Serviço Geral de Inteligência do Egito e responsável pelo dossiê de Gaza, segundo o correspondente da RFI no Cairo, Alexandre Buccianti. Rashad, nomeado há cerca de dez dias, já se reuniu com o diretor do Shin Bet, serviço de inteligência de Israel, e estabeleceu contatos com outros representantes de inteligência regionais e internacionais.

O conflito em Gaza está impactando a economia egípcia. As receitas do Canal de Suez caíram 60% devido aos ataques de forças houthis iemenitas contra navios no Mar Vermelho em apoio a Gaza, e o setor de turismo também sofreu prejuízos.

Diante desse cenário, o presidente egípcio afirmou que o Egito poderá enfrentar dificuldades para cumprir todos os compromissos de reforma econômica assumidos com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Nos últimos meses, os preços de energia e alimentos aumentaram quase 50%.

Foto destaque: Irã e Israel (Reprodução/Metrópoles)

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