Nesta quarta-feira (3), o Irã apreendeu um petroleiro com a bandeira do Panamá, nas águas do Golfo. Segundo informações, esse é o segundo petroleiro apreendido pelos iranianos na região, só na última semana.
Quem deu a informação, foi a Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos, que tem sede localizada no Bahrein. Ainda confirmou que o navio estava passando pelo Estreito de Ormuz, quando foi apreendido pela Marinha do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
De acordo com o promotor do Teerã, o petroleiro foi sim apreendido, por ordem judicial, depois de uma denúncia feita por um demandante. Desde então, não foram fornecidos mais detalhes sobre a apreensão do navio.
O outro caso de apreensão, aconteceu na quinta-feira, dessa vez sob a bandeira de Ilhas Marshall, no Golfo de Omã. É um navio-tanque que ainda está sendo mantido preso pelas autoridades iranianas.
Acredita-se que o motivo dessa apreensão por parte do Irã, em relação as Ilhas Marshall se deve por causa da também apreensão de uma carga de petróleo que estava abordo de um navio-tanque de Ilhas Marshall por parte dos Estados Unidos, após uma ação judicial.
Navio Advantage Sweet de Ilhas Marshall apreendido pelo Irã (Reprodução/Marine Traffic)
Antes desses acontecidos, a Grécia já havia emitido um comunicado oficial, pedindo que navios comerciantes evitassem navegar nos mares que estavam sob jurisdição iraniana, após terem sofrido ameaças do país árabe.
“Devido às recentes ameaças iranianas de possível retaliação contra a navegação grega, recomendamos fortemente que a navegação na área acima, bem como no Estreito de Ormuz e no Golfo de Omã, seja realizada, se possível, fora das águas sob jurisdição do Irã, e sob maior cautela ao navegar perto das áreas acima”
O comunicado foi realizado no dia 20 de abril, uma semana antes da primeira apreensão.
Segundo a empresa de segurança marítima Ambrey, foi visto recentemente a saída de inúmeras frotas gregas da região, com receio de um possível ataque iraniano.
Ainda de acordo com a Ambrey, esses ataques não devem se limitar a bandeira que estão usando, mas sim se o país possui vínculos com os Estados Unidos ou com a Grécia.
Foto Destaque: Navio panamenho sendo atacado por embarcações do Irã (Reprodução/Reuters)