De acordo com Andrei Rodrigues, diretor geral da Polícia Federal,é esperado que seja concluído, até abril, o inquérito que ainda investiga as mortes de Marielle Franco, vereadora carioca, e também de seu motorista, Anderson Gomes. Os dois foram assassinados no dia 14 de março de 2018, na cidade do Rio de Janeiro.
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou no mês passado que o fato seria “integralmente elucidado” logo, apesar disso as autoridades não revelaram nenhuma informação sobre a conclusão do caso e também se houve a descoberta de um possível mandante do crime, isso porque se trata de um inquérito sigiloso.
“Quero reiterar e cravar: não tenho dúvida de que o caso Marielle em breve será integralmente elucidado. É um caso fundamental pelo simbolismo de defesa das mulheres, das mulheres da política e, portanto, da política”, declarou o ministro.
Marielle Franco foi assassinada em 2018 no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Governo Federal)
Investigação
Desde 2019, as investigações sobre os assassinatos se dividiram em dois eixos, uma no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a outra pelas autoridades do Rio de Janeiro, no caso a Polícia Federal e também o Ministério Público do Estado, que ainda conduzem a procura por todos os culpados pelo crime.
A investigação feita pelo STJ, conduzida pela PF, é focada em descobrir os mandantes que encomendaram as duas mortes, já a apuração no Rio de Janeiro é focada nos executores do crime, que já conta com duas pessoas presas: os ex-policiais Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.
Envolvimento do STJ
Uma porção do caso foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça devido à alegada participação de Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), um ex-deputado estadual e líder de um grupo político ativo na zona oeste da cidade.
Ele foi mencionado na colaboração premiada do ex-policial militar Elcio Queiroz e em trocas de mensagens apreendidas pela Polícia Federal. Contudo, essa parte específica da delação permanece sob sigilo.
Foto destaque: Marielle Franco foi assassinada em 2018 no Rio de Janeiro (Reprodução/Márcia Foletto/Agência O Globo)