Uma grave crise de imóveis abala uma pequena porém importante parte do mundo: em Hong Kong, palco de casas megalomaníacas, tecnologia e com uma enorme população, a crise se pelos imóveis construídos para a quarentena terem pouca ou nenhuma utilidade hoje em dia.
Morar nesse canto do mundo não é tarefa fácil devido ao elevado custo de vida: morar em uma casa de padrões médios no antigo território do Reino Unido custa em média um milhão de dólares, assim como meros lugares para parar seu automóvel. Por outro lado Hong Kong tem 1/5 de sua população abaixo da linha da pobreza, o que é totalmente não condizente com os valores de casas médias em uma população que chega 7,413 milhões (de acordo com o senso de 2021). Com a grande crise imobiliária em seu território, estima-se que cerca de 200 mil pessoas estejam aguardando em filas de espera por habitações públicas subsididades (espera essa que chega a aproximadamente uma década).
Hong Kong tem suas belezas e é uma cidade com altíssimo índice de tecnologia, mas que convive com uma grave crise habitacional. (Foto: Reprodução/Hotcourses Brasil)
Todo o problema se dá por conta de um abastecimento decente, para atender as demandas da população, de acordo com o governo local. Com um território pequeno, muitas pessoas lutam para se espremer em bairros com uma superpopulação. Ainda que o chefe executivo da cidade, John Lee, tenha prometido a criação de novas 300 mil unidades de habitação nos próximos cinco anos (há o aguardo da autorização do governo central em Pequim para iniciar o projeto), a medida parece insuficiente já que a população local segue em crescimento. O Departamento de Desenvolvimento já deu seu parecer sobre o assunto que parece não ter uma solução:
“O governo está firmemente comprometido em manter um fornecimento de terra estável e sustentado por meio de uma abordagem multifacetada para atender às necessidades de habitação e desenvolvimento socioeconômico da comunidade”.
No atual momento existe um pedido para que as autoridades liberem os vastos campos de quarentena da COVID que agora estão sem nenhuma utilidade. Apesar de parecer uma solução óbvia devido a nenhuma utilidade atual (e sendo que na pandemia apenas três dos oito campos de quarentena e isolamento foram usados) o debate segue a todo vapor enquanto milhares de pessoas seguem desesperadas para terem um lar.
Foto Destaque: Criada para servir de uma espécie de "alojamento" para pessoas com COVID, a Penny's Bay Community Isolation Facility é alvo de pessoas que precisam de um lar, tendo em vista o alto índice de pessoas com problemas de habitação. (Foto: Reprodução/Penny Bay CIF, Construction+)
