Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a Turquia, na última segunda-feira (06}, o desespero e a dor se misturam em meio à falta de ajuda às vítimas do Terremoto que deixou dezenas de mortos.
Uma das cidades mais afetadas foi a Kahramanmaras que até nesta terça-feira (07), nenhum suprimento, ou ajuda, havia chegado ao local de mais de 1 milhão de habitantes, situada no sul da Turquia.
No meio desta catástrofe, uma imagem chamou atenção. Um homem com olhar perdido, Mesut Hancer segura a mão de sua filha morta, Irmak, de 15 anos, imóvel entre duas placas de concreto. O casaco laranja de Mesut se destaca em meio ao cenário acinzentado de destruição.
Prédio afetado pelo terremoto. (Foto: Reprodução/BBC)
Na madrugada de segunda-feira (06) após a catástrofe, os sobreviventes tiveram que enfrentar uma chuva torrencial misturada com uma nevasca. Faltaram lugares para os sobreviventes se abrigarem.
Os moradores que têm carros pernoitaram nos veículos, e os que não têm se agruparam em torno de fogueiras na rua. Nas ruas devastadas, os moradores esperaram ao lado dos corpos de seus entes queridos, enrolados em uma manta. Nenhuma ajuda havia aparecido.
Um dos moradores, Ali Sagiroglu, espera ajuda há dois dias na esperança de ver seu sobrinho e irmão, presos nos escombros de um prédio. "Onde está o Estado? Onde estão? Olhe ao seu redor. Não tem um único funcionário, pelo amor de Deus. Já se passaram dois dias, e não vimos ninguém. Não trouxeram nem um único tijolo. As crianças morreram congeladas", diz Ali, de acordo com o g1.
Na cidade de Antioquia, os sobreviventes se encontram na mesma situação de abandono. Na tentativa de desmentir as queixas da população, Suleyman Soylu, ministro do Interior, visitou Kahramanmaras nesta terça-feira (07) e afirmou que, 2 mil socorristas foram mobilizados as áreas afetadas.
Nesta terça-feira (07) diante da crescente frustração, o presidente Recep Tayyip Erdogan, declarou estado de emergência nas províncias afetas.
Foto Destaque: Homem segura a mão de sua filha que morreu no terremoto na cidade de Kahramanmaras. Reprodução/Adem Altan/AFP.