As famosas marcas de cerveja, a holandesa Heineken e a dinamarquesa Carlsberg anunciaram, nesta segunda-feira (28) que irão retirar suas empresas da Rússia e abandonar o mercado, devido aos ataques recentes do país à Ucrânia.
"Estamos muito chocados e tristes ao observar que a guerra na Ucrânia continua e está se intensificando. Após a revisão estratégica de nossas operações já anunciada, concluímos que a propriedade da Heineken nos negócios na Rússia não é mais sustentável ou duradoura no contexto atual", disse a Heineken, em um comunicado.
A empresa completou dizendo que um regime reduzido da filial na Rússia continuará operando, visando garantir a a segurança e bem-estar dos funcionários, nesse período inicial de transição.
"Em qualquer circunstância, vamos garantir os salários dos nossos 1,8 mil funcionários que continuarão a receber salários até o fim de 2022 e faremos o que possível para proteger seus empregos", completou a Heineken.
Já a Carlsberg, que irá vender suas operações, com mais de 8,4 mil empregados no território russo, também divulgou um comunicado, explicando as motivações para a decisão.
Garrafas de Carlsberg em um bar em São Petersburgo, na Rússia (Foto: Divulgação/Reuters/Alexander Demianchuk)
"Nós tomamos a difícil e imediata decisão de realizar uma venda completa de nossas atividades na Rússia, pois pensamos que é o quê devemos fazer no contexto atual. Uma vez terminado, já não teremos mais presença na Rússia" disse a empresa dinamarquesa.
A empresa, ainda, completou dizendo que continuará com as vendas na Rússia até que todo o processo de fechamento seja concluído. Até esse momento, eles irão assegurar o salário dos empregados e doar o dinheiro restante.
"Qualquer lucro gerado durante a crise humanitária será doado a organizações beneficentes", disse o chefe do grupo, Cees't Hart.
A companhia fez o anúncio de seu afastamento do país horas depois do comunicado da Heineken.
Foto Destaque: A garrada de cerveja holandesa Heineken. Reprodução/Shutterstock