O Grupo Heineken, após assumir a distribuição própria das cervejas, precisou contratar cerca de 2,5 mil pessoas para o comando dos caminhões. Assim, visando uma maior diversidade de gênero, a empresa contratou diversas mulheres para o cargo.
Segundo a Vice Presidente de Recursos Humanos da Heineken, Raquel Zaggi, a oportunidade de contratar mais pessoas também serviu para investir na maior diversidade dentro da empresa. Antes, a média de contratação de mulheres era de 11%, mas, após o preenchimento dessas vagas, a taxa subiu para 25%. Além disso, dos contratados, 44% são pessoas negras, sendo 24% para cargos de chefia.
"Quando a gente foi abrir as vagas para motorista de empilhadeira e caminhão, a gente abriu para pessoas que não tinham carteira de motorista dessa categoria. Com isso conseguimos atrair mulheres. Você tem o perfil da Heineken e os valores da Heineken? Beleza. Dirigir caminhão a gente consegue te ensinar", pontuou Raquel.
Para Raquel, a marca precisa estar atenta as diferenças entre os gêneros em termos de aspiração de carreira, anseios e necessidades. (Foto:Divulgação/Omar Paixão/Você RH)
A ideia de maior diversidade de gênero dentro da empresa não é recente. Em 2021, a Heineken divulgou o compromisso em atingir 50% de cargos de liderança ocupados por mulheres, até 2026. Hoje, a taxa é de 30%.
Distribuição própria
O grupo Heineken distribuir as próprias cervejas é algo recente. Até 2021, a empresa usava os caminhões da Coca-Cola para o transporte de seus produtos.
Para o presidente do Grupo, Maurício Giamellaro, essa nova fase vai auxiliá-los em um maior engajamento com os vendedores: "Você precisa ser dono do seu destino quando você tem um negócio do tamanho do nosso. Vamos ser cervejeiros falando com pontos de venda cervejeiros. Dá para Coca-Cola fazer isso? Dá. Mas foco vale muito no nosso negócio. A gente cresceu e saiu de casa", brincou.
Essa maior liberdade da marca, segundo Mauro Homem, diretor de Comunicação Corporativa é essencial para uma melhor comunicação da empresa com o seu público:
"Antes as marcas podiam se comunicar individualmente, mas não existiam campanhas corporativas do Grupo Heineken. Agora temos. Antes não tinha Eisenbanh e Heineken juntas na mesma imagem, por exemplo. É o mesmo Grupo Heineken, mas agora com a força de "casa". A maioria das pessoas não sabe que Eisenbahn e Amstel são da Heineken", explicou.
Foto Destaque: Para o CEO da empresa “sem a representação feminina dentro da Heineken, a mulher consumidora não se sentirá representada”. Créditos: Heineken/Reprodução