Em meio a negociações na tentativa de um cessar-fogo humanitário, Hamas volta a atacar Israel com lançamento de foguetes, diretamente na região central do território, neste domingo (5). E, a força militar israelense bombardeia intensamente a cidade de Gaza, ato que deve ser seguido de invasão por terra, com prazo máximo de dois dias para ocorrer, segundo relatam representantes de Israel.
Resposta de Israel
Após a região central de Israel sofrer com inúmeros foguetes lançados pelo grupo terrorista neste domingo, militares israelenses responderam com o bombardeio da cidade de Gaza - o mais intenso desde o início da guerra - que chegou a atingir Al-Maghazi, um campo de refugiados. Até a noite deste domingo, contavam pelo menos 52 pessoas mortas na região, entre elas, mulheres e crianças.
Al-Maghazi, um campo de refugiados atingido pelo bombardeio de Israel no dia 05/11 (Foto: reprodução/Mahmud HAMS/AFP)
Segundo o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, o Hamas vem utilizando a região próxima a hospitais para o lançamento de mísseis, assim como tuneis sob os prédios para movimentação dos terroristas, e que isso “tem que acabar”.
Hagari também declarou que uma “operação significativa” ocorreria na noite deste domingo ainda em busca dos líderes do grupo terrorista.
Saída da população em Gaza
Segundo o embaixador brasileiro, Alessandro Candeas, há dois dias o Egito suspendeu a liberação para a saída pelo Rafah de estrangeiros que continuam na Faixa de Gaza. Nenhum brasileiro conseguiu sair até então e, mesmo com a promessa do primeiro-ministro de Israel de até a próxima quarta, todos os 34 brasileiros na lista poderem voltar para casa. Diante desta nova decisão do Egito, não se sabe como, ou se, isso ainda ocorrerá.
Antony Blinken e Mahmoud Abba (Foto: reprodução/Jonathan Ernst/Pool/Reuters)
Insegurança dos vizinhos
Por receio de que a guerra avance para os territórios vizinhos a Israel e Gaza, representantes dos países árabes já haviam se encontrado com o secretário de estado americano, Antony Blinken, para exigir dos EUA que conseguissem um cessar-fogo e o fim imediato da guerra. Blinken também se reuniu, posteriormente, com o presidente da autoridade nacional palestina, Mahmoud Abbas, que lhe cobrou o mesmo.
Porém, a resposta americana continua a mesma: que Israel tinha direito a se defender; o Hamas precisa ser eliminado de uma vez; e que está sendo feito todo o possível para que a ajuda humanitária chegue a quem precisa em Gaza.
A resposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi de que não haverá nenhum cessar-fogo enquanto o Hamas mantiver reféns em seu poder.
Foto Destaque: Mísseis lançados pelo Hamas a Israel (Reprodução/Abed Khaled/Sicnotícias)