Há 6 meses, o que foi chamado pelo Kremlin de “operação especial” na Ucrânia começou, dia 24 de fevereiro, operação essa que foi identificada pelo mundo como uma invasão daquele país ou uma guerra.
Dezenas de alvos militares e civis foram bombardeados pelas tropas russas, que inicialmente diziam querer “desnazificar” o território ucraniano. Em apenas um mês a Rússia já havia dominado regiões importantes, decorrentes de um ritmo acelerado de invasões.
Durante os cinco meses seguintes, as tropas russas mantiveram seu foco de batalha concentrado, e após tentativas mal sucedidas de dominar grandes cidades, como a capital Kiev e Kharkiv, as tropas optaram por concentrarem-se no leste ucraniano, e o domínio russo está praticamente igual desde abril, tendo suas frentes de batalha concentradas em três pontos, com domínio russo em Donestsk e Luhansk.
Uma análise do Institute for the Study of War e do Critical Threats, órgãos que estudam em detalhes a guerra desde o início, mostrou que a frente de batalha separatista que foi o estopim da guerra, é a mais ativa, porém, as tropas tem demonstrado cansaço e dificuldade em avançar sobre o território ucraniano, havendo relatos de que algumas tropas estão se recusando a continuar.
Rússia não conseguiu invadir Kharkiv
Kharkiv que é a segunda maior cidade da Ucrânia, quase foi dominada, chegando a ser cercada pelas tropas russas no início da guerra. No entanto, ocorreu uma suposta desistência da Rússia em dominar a capital Kiev, que acarretou mudanças do foco e as tropas foram reposicionadas.
Não é mais visto a força que as tropas russas tinham no início, mesmo com bombardeios frequentes, quando foram atacados diversos alvos civis, como um prédio de administração pública.
Estado de uma região ucraniana após bombardeio (Foto:Reprodução/Yahoo Notícias)
A maior usina nuclear da Europa
Zaporizhzhia, região onde se encontra a usina nuclear foi invadida e está atualmente sob domínio russo, algo que tem gerado uma enorme preocupação internacional, com uma declaração ucraniana de que a Rússia fez do completo um escudo. Ataques continuam sendo feitos próximos à região, e domínio da mesma é uma vantagem russa.
Península da Crimeia
Crimeia está sob domínio russo desde 2014, mas só recentemente se tornou uma frente de batalha, quando a Ucrânia realizou ataques a um aeroporto. O ataque fez com que as tropas russas dessem maior atenção a península.
Próximos passos
A guerra na Ucrânia ja matou mais de 5 mil civis, tendo algo próximo a 9 mil soldados ucranianos e 15 mil russos mortos até o momento. Com uma estimativa de, 6 milhões de refugiados.
Familias atravessaram a fronteira em busca de um lugar seguro (Foto: Reprodução/Jornal E agora)
Buscando consolidar o domínio através de controle administrativo. Kherson uma das primeiras cidades dominadas pela Rússia, teve um prefeito indicado pelo governo russo sem nenhum tipo de eleição pública. Decisões semelhantes foram tomadas em outras cidades, mas os ucranianos mostram resistência diante a estes movimentos sem qualquer tipo de consulta.
A Rússia planeja realizar referendos nas regiões anexadas, algo que ja aconteceu na Península de Crimeia anos atrás. Além disso Putin está oferecendo cidadania aos residentes, além de adotar referências à União Soviética e o idioma russo. As escolas das regiões ocupadas também estão adotando o curriculo russo.
Foto Destaque Tropas Russas iniciaram a invasão em fevereiro: Reprodução/ BBC News
