Os alagamentos intensos que vem acontecendo no estado do Rio Grande do Sul desde o dia 10 de abril, por consequência das reações climáticas extremas, persistem e, neste momento afeta as regiões próximas ao lago Guaíba, que na última quarta-feira (26), completou sete dias acima da cota de alerta, forçando os moradores a procurar abrigo nas rodovias da cidade.
Os moradores retornaram recentemente para suas casas, mas, devido a novos alagamentos na cidade por consequência do alto nível do lago, foram obrigados a deixá-las novamente e a procurar abrigo em barracas, ás margens da BR-290.
Famílias desabrigadas
Debaixo da ponte, estão localizadas dezenas de famílias moradoras das ilhas de Porto Alegre, que afirmam estar nesse local por ser próximo de suas residências e pela facilidade de retorno após o escoamento da água.
A dona de casa Samanta Aguiar da Silva, recentemente mãe de gêmeos, segue obrigada a levar a maternidade ás margens da BR-290 e diz: “Graças a Deus, tem muita gente que está ajudando, trouxeram bastante coberta, daí já ameniza um pouco. Mas o que mais preocupa é isso, é eles, é a saúde deles”, declara Samanta.
Samanta entrou em trabalho de parto enquanto estava acampada devido as condições de sua casa. A família até tentou retornar, mas não foi possível.
Solidariedade entre os moradores
Mesmo em queda de nível, o Lago Guaíba continua alto (Foto: reprodução/Gilvan Rocha/ Agência Brasil)
Segundo a prefeitura, as enchentes afetaram cerca de 8 mil casas em Porto Alegre. Na capital, os moradores passaram o dia em prol de ajudar os afetados da Vila Asa Branca por meio de mutirões.
A população passou a ter atendimento através de um CTG, que visa atender as demandas das pessoas que perderam seus documentos, que necessitam de assistência social e até mesmo informações sobre programas habitacionais.
Foto destaque: lago Guaíba continua em nível alto prejudicando os moradores (Reprodução/Gustavo Mansur/ O Povo)