Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, afirmou recentemente que, mesmo após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul, os preços da carne de frango e dos ovos não sofrerão reajustes.
Segundo o ministro, a suspensão temporária das exportações para alguns países, como medida de segurança sanitária, não implica aumento imediato nos preços. Com 70% da produção de carne de frango destinada ao mercado interno, o Brasil mantém uma margem de equilíbrio frente à crise.
Abastecimento garantido
Fávaro explicou que, nos próximos dias, pode haver um leve aumento na demanda no mercado interno, em decorrência da suspensão das exportações. No entanto, os casos seguem sob investigação rigorosa e a situação é considerada temporária. Segundo ele, o mercado interno tende a absorver o volume de consumo, o que ajudará a manter o abastecimento e a estabilidade do setor.
Governo investiga novos casos de gripe aviária (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)
O ministro também garantiu que todas as ações para conter a situação e reduzir o risco de contaminação estão sendo executadas de forma conjunta e eficaz. A granja onde o foco foi identificado está isolada e passando por um processo de desinfecção. No entorno, um raio de 10 km está sendo monitorado, e centenas de propriedades já foram inspecionadas para evitar a propagação do vírus. Os funcionários que tiveram contato com as áreas infectadas também estão isolados e sob observação.
Transparência e segurança sanitária
Apesar do alerta, a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos. Os produtos em circulação continuam seguros para o consumo, e não há necessidade de mudanças nos hábitos alimentares da população. O governo garantiu que aves e ovos infectados fossem descartados. Entre os números, 17 mil aves morreram ou foram sacrificadas, e 30 milhões de ovos férteis já foram rastreados.
A prioridade segue sendo intensificar as medidas de segurança alimentar e manter a transparência, garantindo que a situação seja controlada e resolvida com agilidade. Fávaro também destacou que, se não houver novos registros da doença nos próximos 28 dias, o Brasil poderá encerrar o estado de emergência zoossanitária, restabelecendo a confiança entre os parceiros internacionais.
Foto destaque: Aves e ovos estão passando por inspeção rigorosa para conter casos (Reprodução/Kalinovskiy/Getty Images Embed)