Nesta quinta-feira (23) o Sindicato dos Metroviários não entrou em acordo para finalizar a greve, por conta disso o rodízio municipal de veículos segue suspenso nesta sexta-feira (24) em função do segundo dia da greve dos metroviários de São Paulo. As linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho amanheceram paralisadas em São Paulo e não houve circulação de trens até as 6h. Os trens das linhas 4-amarela e 5-lilás operam normalmente no período.
A empresa e o governo evidenciaram que a Justiça tinha concedido uma liminar para que pelo menos 80% da operação fosse mantida no horário de pico, e 60% nos demais horários, porém o que dizem é que acabou não sendo respeitado pelos grevistas.
Os metroviários tinham decidido que daria um prazo até as 23h desta quinta, para que o Metrô respondesse sobre a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentada em audiência de conciliação que foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho na tarde do primeiro dia da paralisação. Eles tinham proposto um abono de R$2,5 mil por ano entre 2020 e 2022, porém que não houvesse desconto de dias parados e nem punições.
Como não ofereceram proposta na reunião, a direção do Metrô não respondeu sobre a proposição do MPT até o prazo que eles tinham estabelecido e os metroviários decidiram manter a greve, porém na madrugada, a companhia enviou a proposta, que foi analisada em assembleia às 7h.
Aviso de greve na estação Tatuapé do metrô, em São Paulo (Foto:Reprodução/Bruno Santos/Folhapress)
Em nota divulgada pelo sindicato após a decisão, eles alegam que o governo estadual e o metrô devem três PRs (Participação nos Resultados) aos metroviários, referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. Alegam não ter verbas para pagar essas pendências. No entanto, há dinheiro para patrocinar aumento de 50% para os salários do governador Tarcísio e seus secretários. Há muito dinheiro para manter os lucros da CCR, que recebe R $6,32 por passageiro, enquanto a tarifa é de R $4,40.
Sobre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) os metroviários criticaram a postura dele e informaram que: "O governador também mostrou-se um homem sem palavra. Assumiu publicamente que iria liberar as catracas para a população. Mas, ao mesmo tempo, acionou a Justiça para impedir as catracas livres", diz a nota. "O problema não é falta de dinheiro. É falta de compromisso com os trabalhadores e a população. Tarcísio prioriza os grandes empresários."
Ainda não há previsão para o início da operação parcial de alguns trechos, por conta disso o rodízio de veículos segue suspenso na capital paulista.
Ricardo Nunes, o prefeito de São Paulo, decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital nesta sexta-feira (24), porém terá exceção os serviços essenciais, como o Serviço Funerário, as unidades de atendimentos das secretarias de Saúde e Assistência Social e toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana.
Foto Destaque: Estação Palmeiras-Barra Funda, linha 3 do Metrô, fechada durante a greve do Metrô em São Paulo (Foto:Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil)
