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Governo dá até 72 horas para redes sociais apresentarem medidas contra violência nas escolas

Foi estabelecido pelo governo Lula o prazo de 72 horas para as medidas que visam a monitorar e restringir conteúdos que incitem a violência contra escolas.

14 Abr 2023 - 10h40 | Atualizado em 14 Abr 2023 - 10h40
Governo dá até 72 horas para redes sociais apresentarem medidas contra violência nas escolas Lorena Bueri

Nesta quinta-feira (13) o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous assinou e estabeleceu um prazo de 72 horas, onde as redes sociais irão enviar um relatório sobre as medidas que precisam ser adotadas a fim de monitorar e também restringir conteúdos de incitação a violência contra as escolas.

De acordo com a Senacon, o Ministério da Justiça já estava prevendo na portaria editada na quarta-feira (12), com o propósito de ampliar a responsabilização das plataformas digitais pela veiculação dessas postagens.

Caso alguém descumpra as regras formalizadas pela portaria, a punição vai desde a multa até a suspensão das atividades.

“Foi nesse contexto que resolvemos editar uma portaria, que traz medidas práticas, concretas, a fim de que haja uma regulação desse serviço prestado à sociedade, especificamente no que se refere à prevenção de violência contra escolas”, disse o ministro Flávio Dino.

Antes de divulgar o documento, Flávio disse que há uma situação emergencial que tem gerado uma epidemia de ataques, bem como de difusão de pânico no seio das famílias e das escolas.


Governo dá até 72 horas para que as redes sociais apresentem medidas contra violência nas escolas (Foto:Reprodução/Tiago Ghizoni/DC)


Ao longo do último ano, a frequência de ataques à escola vem crescendo no Brasil, desde setembro de 2022 até abril de 2023 cinco ataques fatais foram registrados. 

O caso mais recente que ocorreu foi o da creche em Blumenau, em Santa Catarina (SC), em uma quarta-feira. Um homem estava armado com um machado, invadiu a escola infantil Cantinho do Bom Pastor. Quatro crianças morreram neste ataque. Após atacar estes alunos, ele fugiu e acabou se entregando em um quartel da Polícia Militar. Outro ataque ocorreu no mês de março, um adolescente de apenas 13 anos, matou uma professora, 71, em ataque a Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo.

Em um levantamento feito pela Unicamp, mostra um certo padrão nos ataques: meninos ou homens, geralmente sempre brancos, atraídos por discursos de ódio e racismo em grupos da internet.

Foto Destaque: Lula e os ministros Camilo Santana, da Educação, e Rui Costa, da Casa Civil (Foto:Reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

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