Governo aciona bandeira amarela e preço da energia aumenta em julho

A conta de luz deve ficar mais cara a partir de julho. A agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informa que a bandeira amarela foi acionada devido à previsão de escassez de chuvas até o final do ano (estimativa de 50%), somada ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período.

Essa é a primeira alteração desde 2022. Durante os 26 meses que se seguiram a bandeira permaneceu verde, ou seja, sem acréscimo na conta.

O comunicado no site da ANEEL faz a seguinte recomendação: “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico na totalidade. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”.

VALORES DAS BANDEIRAS TARIFÁRIAS

Em março, a ANEEL aprovou o reajuste de até 37% nos valores das bandeiras e os preços ficaram assim:

• Bandeira verde – sem custo extra
• Bandeira amarela – o custo será de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
• Bandeira vermelha patamar 1 – o custo será de R$ 4,44 a cada 100kWh
• Bandeira vermelha patamar 2 – o custo será de R$ 7,87 a cada kWh

O consumo médio em uma casa brasileira é de aproximadamente 150kWh a 200 kWh, sem contar com o uso do ar-condicionado.

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_{Foz do Iguaçu, Paraná, Brazil (Foto: reprodução/Flavio Conceição/Getty Imagens Embed)}

RESERVATÓRIOS

Com a previsão de chuvas abaixo da média e altas temperaturas no inverno, é estimado que o consumo de energia seja maior, enquanto, no mesmo momento, as hidrelétricas terão menos água. Assim, o governo precisará acionar usinas termelétricas, que funcionam a partir de queima de combustível, que são mais caras que às hidrelétricas.

O SISTEMA DE BANDEIRAS TARIFÁRIAS 

Criado pela ANEEL em 2015, o sistema foi desenvolvido para indicar aos consumidores, sobre o custo da geração de energia no Brasil. O objetivo da medida é alertar os altos níveis de consumo de energia e, consequentemente, o consumidor ficar atento e evitar desperdícios.

Foto Destaque: Usina hidrelétrica binacional de Itaipu (Reprodução/Caio Coronel/Itaipu Binacional)