Nesta sexta-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores confirmou a participação de 11 líderes de países na cúpula de líderes da América do Sul. A reunião está prevista para a próxima terça-feira, em Brasília. De acordo com o Itamaraty, estarão presentes os chefes de estado dos países: Guiana Francesa, Chile, Suriname, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador e Guiana.
Somente a presidente do Peru, Dina Boluarte que não estará presente. Segundo a secretária da América Latina no Itamaraty, Gisela Padovan, o único país que mandará um representante é o Peru. O país sul-americano está enfrentando uma crise interna desde o ano passado, quando o então presidente, Pedro Castillo, foi preso após tentar dar um golpe de estado e fechar o Congresso local. A expectativa do governo brasileiro e do Itamaraty é que todos os demais presidentes da América do Sul participem, incluindo Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. O embaixador do país entregou nesta semana ao presidente Lula as cartas credenciais. Esse documento formaliza a atuação do diplomata no Brasil.
Lula será o anfitrião da reunião de cúpula. (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert)
"Do lado do Brasil, queremos uma integração permanente. Não temos um modelo específico, isso é apenas um desejo, de que os 12 países não tenham uma integração fracionada. Nós estamos buscando mecanismos e instâncias permanentes, com mais inclusão e modernismo", disse a embaixadora Gisela em declaração à imprensa nesta sexta.
"Estamos vendo essa reunião como uma partida ou um ínicio, para retomarmos o diálogo. Nós temos consciência da diferença de visões e de orientações ideológicas. Mas isso é um começo, para que os chefes se sentem na mesa e conversem sobre pontos em comum", finalizou Gisela.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a reunião da cúpula acontecerá na próxima terça-feira (30), em Brasília. O objetivo do encontro, de acordo com o ministério, é criar um diálogo franco entre os países, para identificar denominadores comuns, e discutir perspectivas futuras para a região. Os tópicos principais de discussão, de acordo com o governo brasileiro, serão: saúde, mudança do clima, defesa, combate aos ilícitos transnacionais, infraestrutura, energia.
Foto destaque: Palácio do Itamaraty. Reprodução — Itamaraty/Gov.br