Em um momento crítico para a política venezuelana, o diplomata Juan González, se reuniu recentemente com Juan Delpino, ex-autoridade eleitoral da Venezuela, que denunciou irregularidades no governo de Nicolás Maduro. A reunião trouxe à tona novas tensões sobre a transparência das eleições no país e o futuro do processo democrático. “É importante lembrar que o reitor Delpino foi o único ausente no anúncio dos resultados fraudulentos na noite da eleição presidencial, que obrigaram ele a deixar o país”, compartilhou González no domingo (6), em um post em seu Instagram.
Denúncias de Juan Delpino
Delpino, foi membro do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e denunciou publicamente a falta de "transparência e veracidade" nas eleições ocorridas em 28 de julho de 2024, na Venezuela. Suas revelações chocaram a comunidade internacional, já que o governo de Maduro sempre alegou a legalidade e o cumprimento de todos os protocolos eleitorais.
Segundo Delpino, a pressão e as ameaças forçaram sua saída do país, o que só intensificou as suspeitas sobre as ações do regime. González também comentou que o reitor “transmitiu detalhadamente a experiência do que viveu no dia 28 de julho nas instalações do órgão eleitoral” e garantiu que o relato representa o desejo dos venezuelanos por mudança.
Edmundo e Juan Delpino (Foto: reprodução/Instagram/@egonzalezurrutia)
A crise na Venezuela e futuro do país
A oposição venezuelana e a comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais que ocorreram em 28 de julho, o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, deu a vitória para Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos mas não divulgou os resultados das atas eleitorais onde detalharam a quantidade de votos por mesa de votação.
A oposição venezuelana e vários observadores internacionais têm repetidamente afirmado que o regime manipula as eleições para manter o controle do poder, enquanto milhões de venezuelanos enfrentam uma profunda crise econômica e humanitária.
O encontro entre González e Delpino ocorre em um contexto delicado, com a oposição buscando unificar forças para desafiar Maduro nas eleições de 2025. González destacou na sexta-feira (4), no Fórum La Toja, espaço de debate político na Espanha, que apesar de ter deixado a Venezuela por conta de “pressões indescritíveis e ameaças extremas”, sua “saída do país é apenas temporária”. As denúncias de fraude e o exílio de figuras- chaves como Delpino lançam dúvidas sobre a integridade do processo democrático. A pressão internacional pode influenciar os próximos passos, mas o cenário permanece incerto.
Foto destaque Edmundo Gonzalez (Reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)