A situação sanitária em Gaza atingiu um ponto crítico, com a escalada de conflitos piorando as condições de saúde pública. A infraestrutura de saneamento, danificada e insuficiente, tem sido incapaz de conter o fluxo de resíduos, levando ao transbordamento de esgoto em várias áreas. Este cenário alarmante foi intensificado pelos recentes ataques, que limitaram ainda mais o acesso a serviços essenciais.
O governo local emitiu um apelo urgente nesta quinta-feira (4), pendindo por assistência internacional para enfrentar a emergência sanitária que ameaça a população. A falta de saneamento adequado e a dificuldade de acesso a recursos básicos como água potável, alimentos e medicamentos têm contribuído para o aumento do risco de doenças transmissíveis.
Hospital Al Shifa sofreu com duas semanas de ataque até a última segunda-feira (1) (Foto: reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed)
Posicionamento de entidades globais
Organizações humanitárias, incluindo as Nações Unidas, têm destacado a gravidade da situação, enfatizando a necessidade de uma resposta coordenada para evitar uma crise de saúde de proporções ainda maiores. Relatórios recentes apontam para um agravamento das condições de vida, com muitos residentes de Gaza enfrentando dificuldades extremas para manter um mínimo de higiene e bem-estar.
A comunidade internacional é chamada a agir, não apenas para fornecer alívio imediato, mas também para apoiar a reconstrução de infraestruturas críticas, garantindo assim a resiliência e a saúde a longo prazo dos habitantes de Gaza.
Pacientes devem ser movidos de hospital em Gaza
Após duas semanas de operação, as tropas de Israel cessaram os ataques ao maior hospital de Gaza, Al Shifa, na última segunda-feira (1).
As forças militares israelenses alegaram que centenas de combatentes do Hamas estavam se escondendo na instalação e foram mortos, mas testemunhas negaram esta afirmação.
Para evitar que o número de mortos nesta guerra aumente, muitos pacientes nesta unidade estão em estado grave e precisam ser transferidos imediatamente. Não há medicamentos, alimentos ou água potável disponível. Estradas danificadas dificultam a movimentação das ambulâncias até os que necessitam de ajuda, tornando quase impossível a transferência dos doentes.
Dos 36 hospitais que havia em Gaza, apenas 10 mantém o funcionamento. O Al Shifa era referência antes do ataque devido melhor capacidade operacional.
Foto destaque: Gaza sofre com escassez e falta de saneamento básico por conta da guerra (reprodução/Anadolu/GettyImages Embed)