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Fundação Humanitária de Gaza divulga abertura de dois centros de distribuição após interrupção

Organização humanitária presente no território palestino é cercada de controvérsias e tumultos; Instituição tem apoio dos Estados Unidos e de Israel

05 Jun 2025 - 17h20 | Atualizado em 05 Jun 2025 - 17h20
Fundação Humanitária de Gaza divulga abertura de dois centros de distribuição após interrupção  Lorena Bueri

Foi anunciado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF) que dois centros de distribuição seriam abertos nesta quinta-feira (5). A organização iniciou suas atividades na semana passada, com a distribuição de alimentos.

A entidade possui origens desconhecidas, mas recebeu permissão de Israel e dos EUA para atuar em território palestino. A Organização das Nações Unidas (ONU) e outros grupos de ajuda humanitária se recusaram a cooperar com a GHF – para eles, a posição da fundação não é neutra e seu modelo de distribuição é danoso ao forçar o deslocamento de palestinos para acessar a ajuda.

Funcionamento atípico

A GHF já havia informado previamente a suspensão temporária de suas operações durante o horário habitual, justificando a medida pela necessidade de reformas e manutenção em suas instalações. No entanto, o comunicado não especificou uma data para a retomada das distribuições.

O processo de entrega dos suprimentos conta com a presença de forças de segurança americanas armadas e militares israelenses, responsáveis ​​por patrulhar a área. Para ter acesso aos alimentos, os palestinos precisam passar por um rigoroso sistema de controle, que inclui identificação por reconhecimento facial e coleta de dados biométricos.


A fome e a ajuda humanitária em Gaza, no podcast "Café da Manhã" (Áudio: reprodução/Spotify/Café da Manhã)


Fundação Controversa

Depois do fim do bloqueio de ajuda humanitária em Gaza por 11 semanas, Israel permitiu a ação limitada da ONU no território e lançou a GHF como nova via de distribuição de ajuda. De acordo com uma avaliação da Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC), um dos braços das Nações Unidas, meio milhão de pessoas correm o risco de passar fome nos próximos meses.

Para Jen Engeland, ex-chefe humanitário da ONU e secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados, a ajuda humanitária não deveria depender de um dos lados, sendo neste caso, Israel. “Não podemos permitir que uma parte do conflito decida onde, como e quem vai receber ajuda [...] Há uma empresa de segurança que vai trabalhar em estreita colaboração com uma das partes do conflito armado, as Forças de Defesa de Israel” disse Engeland para o jornal BBC.

Na manhã desta terça-feira (3), o Ministério da Saúde Palestina e o hospital Nasser informaram em comunicado que pelo menos 30 palestinos morreram enquanto buscavam ajuda humanitária. A distribuição estava sendo feita pela GHF em Rafah, área de operação militar israelense.

Segundo o ministério ligado ao Hamas, as Forças de Defesa de Israel abriram fogo contra a população que estava a caminho do local de distribuição. O Exército israelense afirmou que os militares atiraram por identificarem ameaças no local, com suspeitos se desviando “das rotas de acesso designadas”.

Foto destaque: distribuição feita pela GHF no dia 19 de maio de 2025 (Reprodução/AFP/GettyImagesEmbed) 


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