Nesta quinta-feira, a Polícia Federal anunciou uma notícia importante: os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados em Marabá, no Pará. Marabá é uma cidade que fica bem longe de Mossoró, mais de 1.600 quilômetros de distância.
A operação para capturar esses fugitivos foi bem planejada, eles estavam sendo monitorados em três carros suspeitos e acabaram sendo presos junto com outras seis pessoas, um deles foi pego pela Polícia Federal e o outro pela Polícia Rodoviária Federal. Os fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, ficaram livres por 50 dias antes de serem recapturados.
A recaptura ocorreu na ponte sobre o Rio Tocantins, com o intuito de evitar uma possível fuga pelo rio. Durante a abordagem, foi apreendida uma arma de fogo, dinheiro e celulares.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comentou sobre as prisões, destacando que constituem "uma vitória do Estado brasileiro sobre o crime organizado". Ele enfatizou a importância desse resultado no enfrentamento às organizações criminosas.
Devolução dos criminosos a Mossoró
As investigações apontam que os fugitivos devem ser devolvidos à Penitenciária Federal de Mossoró. Essa transferência é considerada uma questão de honra para o Ministério da Justiça, responsável pela coordenação do sistema penitenciário federal. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, ambos originários do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e são associados à facção criminosa Comando Vermelho.
Após 50 dias fugindo, presidiários são pegos em Pará (Foto: Reprodução/PRF)
Primeira fuga na história do sistema penitenciário federal
A fuga dos dois criminosos marcou o primeiro incidente desse tipo na história do sistema penitenciário federal, que abrange diversas unidades pelo país. Eles conseguiram escapar ao abrir um buraco atrás de uma luminária na penitenciária e cortar duas cercas de arame utilizando ferramentas de uma obra em andamento no local.
Após a fuga, autoridades locais e federais montaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos, contando com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado. A Força Nacional também participou da operação, até 30 de março, quando as buscas passaram a se concentrar em ações de inteligência. Estima-se que as operações federais tenham custado R$ 2,1 milhões aos cofres públicos.
Foto destaque: Fugitivos que foram recapturados (Reprodução/Polícia Federal)