O ministro da Justiça Flávio Dino determinou, nesta quinta-feira (29), a suspensão dos perfis das seções regionais da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas redes sociais. A exclusão considera plataformas como Instagram, Twitter, Facebook e LinkedIn.
A medida é considerada uma “análise de segurança”, a atitude ocorre após postagem pró-Bolsonaro da Superintendência da PRF em Sergipe. Por volta das 4h da manhã desta última quinta-feira, o perfil da PRF realizou uma postagem. O conteúdo do post veiculado nas redes sociais, se trata de uma campanha de arrecadação de dinheiro via PIX para o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Além de afirmar que a equipe da polícia tinha se decidido em colaborar com a causa do ex-presidente e divulgou o QR Code para o envio de dinheiro.
Na portaria fica determinada a exclusão dos perfis de redes sociais e que permaneça ativo apenas os perfis nacionais de ambas as corporações. O texto ainda afirma que os órgãos deverão fazer uma análise de segurança, conveniência, oportunidade dos perfis e encaminhar uma análise de conclusão para o Ministério da Justiça em um prazo de 30 dias. A medida é necessária para cessar esta e possíveis futuras investidas criminosas em redes sociais. O gerenciamento desses perfis deve ser feito de maneira centralizada pela coordenação de comunicação da PF e PRF.
Print de tweet do Ministro da Justiça, Flávio Dino (Foto: reprodução/Twitter)
Após a repercussão do caso, o Ministério da Justiça afirmou que o fato se trata de um ataque hacker. A Polícia Rodoviária Federal afirmou que a postagem no perfil da superintendência de Sergipe ocorreu durante o período da madrugada e o conteúdo do texto encaminhava as pessoas para uma outra página de transferência de valores onde ocorreria o golpe. A Polícia Rodoviária Federal esclarece ainda que não pede nenhum tipo de doação de qualquer espécie para pessoas públicas ou partidos políticos, completou em nota.
Foto Destaque: Ministro Flávio Dino durante lançamento do programa Aeroportos+Seguros, no Ministério dos Portos e Aeroportos (MPOR). Reprodução/Antônio Cruz/Agência Brasil