Nesta terça-feira (28) a Finlândia começou a construir uma cerca metálica com três metros de altura e 200 quilômetros de comprimento em uma parte de sua fronteira com a Rússia. O país teme que Moscou, capital da Rússia, use migrantes para exercer pressão política. A obra foi iniciada no momento em que a nação aguarda votos da Turquia e Hungria para ingressar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Segundo o comunicado feito pelas autoridades da fronteira, as obras próximo à cidade de Imatra, começaram nesta terça, com o desmatamento, e vão continuar para permitir a construção de uma rodovia e a instalação de uma cerca metálica.
A construção de outros 70 quilômetros está prevista para entre 2023 e 2025, principalmente no sudeste da fronteira. A Finlândia pretende finalizar a construção da cerca até 2026. A construção custará 380 milhões de euros (aproximadamente R$2,1 bilhões) quando finalizada, a cerca terá arame farpado, luminárias, alto-falantes e câmeras de visão noturna em locais considerados “sensíveis”.
Bandeira da Finlândia. (Foto: Reprodução/O dia)
A fronteira de 1.300 quilômetros da Finlândia com a Rússia é protegida por pequenos cercas de madeira, projetadas para impedir a passagem de gado.
Países como Estônia, Letônia e Polônia também aumentaram ou pretendem aumentar a segurança em suas fronteiras com a Rússia.
Em setembro de 2022, a Finlândia já havia anunciado a restrição da entrada de cidadãos russo no país após o número de migrantes dobrarem com a convocação de mais de 300 mil reservistas pelo Kremlin.
Mais de 8 mil cidadãos russos cruzaram a fronteira leste da Finlândia vindos da Rússia. Esse número caiu para 1.700 quando as restrições começaram em 30 de setembro, de acordo com as estatísticas da Guarda de Fronteira.
Já em novembro do ano passado, a Guarda de Fronteira finlandesa afirmou que a quantidade de entrada de russos no país diminuiu significativamente depois que as restrições entraram em vigor.
Foto Destaque: Fronteira da Finlândia com a Rússia. Reprodução/Alessandro Rampazzo/AFP.