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Feminicídio e crimes de defesa da honra: caso Ângela Diniz traz mudanças para leis brasileiras

Leis brasileiras foram mudadas por conta de caso de feminicídio de Ângela Diniz , pois tese jurídica justificava feminicídio em casos de adultério, alegando crime de defesa da honra.

16 Set 2023 - 14h22 | Atualizado em 16 Set 2023 - 14h22
Feminicídio e crimes de defesa da honra: caso Ângela Diniz traz mudanças para leis brasileiras Lorena Bueri

O feminicídio é um termo utilizado para designar assassinatos contra muheres em razão de seu gênero, e geralmente é cometido por homens como resultado de ódio, misoginia, discriminação ou desigualdade de gênero. Os casos que envolvem feminicídio costumam ter como caracteristicas violência doméstica, abuso sexual, agressões físicas ou psicológicas recorrentes, perseguição e outros comportamentos violentos direcionados às mulheres, e durante algum tempo esses crimes foram justificados por se tratarem de "defesa da honra".

Os crimes de defesa da honra

O conceito de "defesa da honra" foi historicamente utilizado como uma justificativa para alguns crimes passionais, em que indivíduos alegavam ter cometido atos violentos, como homicídios, em nome da proteção da honra pessoal ou da honra de um membro da família. No entanto, ao longo do tempo, muitos sistemas legais passaram a rejeitar essa justificativa devido às implicações discriminatórias e à falta de respaldo em princípios de igualdade e direitos humanos.
Portanto, a noção de "defesa da honra" como uma desculpa legal para cometer crimes tem sido amplamente desencorajada e até mesmo abolida em muitos países em favor de abordagens legais mais justas e igualitárias.

O caso Ângela Diniz

O caso de feminicídio de Angela Diniz é um evento trágico que marcou a sociedade brasileira nos anos 1970. Ângela Diniz, uma modelo e socialite, foi brutalmente assassinada pelo seu ex-namorado, Doca Street, em 1976.


 

Angela Diniz (Foto: reprodução/Glamour)


O caso ganhou notoriedade por ser um exemplo emblemático de feminicídio, um termo que na época ainda não era amplamente reconhecido. Ângela Diniz, conhecida por sua beleza e carisma, estava em um relacionamento conturbado com Doca Street, que era empresário e ex-namorado dela.

O assassinato ocorreu em Búzios, uma cidade litorânea do Rio de Janeiro. Angela foi alvejada com quatro tiros na frente de várias testemunhas. Doca Street alegou que o crime foi resultado de uma discussão acalorada e que ele agiu em legítima defesa. No entanto, as evidências apontavam para um assassinato premeditado. O julgamento de Doca Street foi amplamente acompanhado pela mídia e pela sociedade brasileira. O caso foi um divisor de águas na discussão sobre a violência contra as mulheres e a necessidade de reconhecer e punir o feminicídio de forma adequada.

Surpreendentemente, Doca Street foi inicialmente absolvido em um julgamento polêmico, mas o veredicto gerou uma grande revolta pública. Após um segundo julgamento, ele foi condenado a 15 anos de prisão. Esse caso contribuiu para conscientizar a sociedade sobre a importância de combater a violência de gênero e de promover a igualdade de direitos das mulheres.

O caso de feminicídio de Ângela Diniz foi um marco na luta contra a impunidade em casos de violência contra a mulher e contribuiu para a criação de leis mais rigorosas contra o feminicídio no Brasil. Infelizmente, Ângela Diniz pagou um preço terrível por essa conscientização, mas sua memória continua a inspirar a luta por justiça e igualdade de gênero.

Foto Destaque: Ângela Diniz. Reprodução Arquivo/Estado de Minas

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