A disputa política pelo cargo mais importante do poder executivo do país está próxima de sua primeira e talvez única definição nessas eleições, porém, desde o início das campanhas eleitorais, foram disseminadas as chamadas “fake news”, que prejudicam a maioria dos candidatos. Um dos últimos casos de informações manipuladas atingiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
A desinformação compartilhada nas redes sociais era feita co áudios antigos, aparentemente manipulados, com falas aleatórias de Lula e Gleisi. Também sofreram manipulação áudios que indicavam uma conversa (inexistente) entre um assessor e o motorista do candidato, que teria ocorrido após o debate entre os candidatos à presidência no último dia 28.
Lula em debate. Foto (Reprodução/Ricardo Stuckert/Divulgação)
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Paulo de Tarso Sanseverino, após análise da representação feita pela campanha petista, foi favorável à ação de Lula e determinou a remoção destas desinformações das redes sociais, alegando haver “grave descontextualização” de conteúdo.
“Verifica-se, com efeito, do teor dos vídeos impugnados, que foram veiculados trechos de falas aleatórias do candidato Lula e da deputada Gleisi Hoffmann [...] no intuito de criar uma narrativa artificial...”, alegou o ministro.
Também devem ser removidos áudios forjados que sugeriam uma reclamação do candidato em relação aos seus assessores, durante uma mesa redonda, supostamente após um debate eleitoral. Para o ministro, as publicações foram “manipuladas e editadas” e, no conteúdo impugnado, havia falas aleatórias e algumas inexistentes ou descontextualizadas, com a intenção de criar diálogos artificiais que já foram verificados por diferentes agências de checagem de fatos como sendo falsos.
Ainda de acordo com Paulo de Tarso, a Justiça Eleitoral deve reprimir esse tipo de desinformação, que visa causar interferência irregular e negativa no pleito.
Foto destaque: Gleisi Hoffmann e Lula (Reprodução/Miguel Schincariol/AFP)