Localizada no Oriente Médio, a Faixa de Gaza protagoniza o centro dos combates entre Israel e Hamas. O território palestino com 41 km de comprimento e 10 km de largura é banhado pelo mar Mediterrâneo e faz fronteira com o Egito.
Com mais de 2 milhões de habitantes – sendo cerca de 1,7 milhões de refugiados palestinos –, de acordo com a Organização das Nações Unidas, Gaza tem uma das densidades populacionais mais altas do mundo.
Além da superpopulação em somente 365 km², o território palestino sofre com a pobreza. Segundo a ONU, cerca de 80% da população de Gaza depende de auxílio internacional, enquanto 1 milhão de pessoas dependem de ajuda alimentar diária.
Faixa de Gaza já pertenceu ao Egito, a Inglaterra e a Israel
Alvo de disputas entre o Estado Judeu e a Palestina, a Faixa de Gaza, após a Primeira Guerra Mundial, se tornou um domínio da coroa britânica. No entanto, o comando inglês encerrou em 1948, quando Israel se formou naquela região.
Até 1967, a Faixa de Gaza pertencia ao Egito e, por ser fortemente habitada por árabes, funcionava como refúgio aos palestinos. A Guerra dos Seis Dias, contudo, fez com que essa terra fosse tomada por Israel e, em 2005, entregue aos palestinos.
Já em 2007, o Hamas, um grupo classificado como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, expulsou o governo da Autoridade Palestiniana e assumiu o controle da área.
Bloqueios contra a Faixa de Gaza
Palestino em túnel da Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução/Mahmud Hams/AFP).
A guerra entre Israel e a Palestina perdura há 70 anos, pois ambos acreditam que a região da Palestina deve estar sob seu domínio. No entanto, a partir do comando do Hamas, o Estado Judeu passou a controlar o espaço aéreo sobre Gaza e sua costa marítima.
A motivação dos israelenses é orquestrar bloqueios na Faixa de Gaza para limitar quais mercadorias entram ou saem do território – juntamente com o auxílio do Egito, que controla as travessias na fronteira.
Como alternativa aos bloqueios, o Hamas construiu túneis subterrâneos responsáveis por permitir a entrada de suprimentos – como alimentos, dinheiro, armas e combustível -, sem as restrições de Israel.
Desde 2013, no entanto, o Estado Judeu busca destruir esses túneis, com a justificava de que o grupo islâmico iria usá-los para preparar plataformas de lançamento de foguetes e se infiltrar em território israelense.
Foto destaque: Prédios destruídos na Faixa de Gaza. Reprodução/Ahmad Hasaballah/Getty Images.