A investigação do caso das joias sauditas e do cartão vacinal do ex-presidente Jair Bolsonaro entra em uma nova fase de investigação com a autorização nesta quinta-feira (25), do FBI para que uma equipe formada por um agente e um delegado da Polícia Federal brasileira fossem para os Estados Unidos dar continuidade às investigações dos casos.
Colher depoimentos e documentos
A equipe que viajou na manhã desta quinta-feira (25) irá até quatro cidades nos Estados Unidos, que são Miami, Nova Iorque, Orlando e Wilson Grove. Lá irão colher documentos e imagens que possam ser incluídas no inquérito que aponta irregularidades no cartão vacinal de Bolsonaro e das joias sauditas.
Os agentes também irão ouvir testemunhas, como comerciantes dos locais onde as joias foram vendidas e recompradas posteriormente.
Segundo a PF a ida dos agentes até os Estados Unidos é a última etapa antes do inquérito da investigação ser concluído. Jair Bolsonaro pode ser indiciado junto de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid pelas fraudes.
Mauro Cid
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, prestou um depoimento na última semana e segundo fontes da CNN, ele falou sobre o caso das joias. Os investigadores buscam elucidar o episódio.
Relembrando o caso das joias
Segundo a investigação presentes do governo da Arábia Saudita recebido pelo então presidente Jair Bolsonaro teriam sido vendidos e o dinheiro arrecadado depositado em uma conta nos Estados Unidos. Esses presentes, no caso as joias, não podem ser vendidos e devem ser catalogados quando recebidos por presidentes da república, a não ser que sejam alimentos ou cosméticos.
Relógios, esculturas e outras joias que Bolsonaro ganhou de presente do governo da Arábia Saudita em visita oficial teriam sido vendidos nos Estados Unidos. O ex-presidente nega ter cometido irregularidade.
Polícia Federal foi aos EUA para investigar o caso das jóias (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Daniel Ramalho/AFP )
O caso das carteiras vacinais
Ao todo 16 pessoas são investigadas por falsificação da carteira vacinal para constar como vacinados com imunizantes para a Covid-19. O Ministério Público pediu para que a investigação se aprofunde, pois estas podem ter correlação com a tentativa de golpe do dia 08 de janeiro de 2023. Também há indícios de que a Bolsonaro teria falsificado sua caderneta vacinal e de sua filha mais nova para poder entrar nos Estados Unidos. À época, o governo norte americano só autorizava entrada no país quem tivesse tomado o imunizante para a doença. Ele nega as acusações e diz que não se vacinou contra a Covid-19.
Foto Destaque: investigação que atinge o ex-presidente Bolsonaro terá nova etapa de investigação nos EUA (Reprodução/Getty Images Embed/Mauro Pimentel/ AFP)