Nesta terça-feira (17/09) aparelhos eletrônicos tipo “pagers” explodiram no Líbano, deixando nove mortos e milhares feridos, de acordo com o que foi levantado pelo Ministério de Saúde libanês. Os pagers são aparelhos eletrônicos utilizados para se comunicar com outras pessoas utilizando transmissões de rádio e foi popular nos anos 90. Os aparelhos eram do grupo Hezbollah e tanto o grupo quanto o Líbano responsabilizaram Israel pelas explosões.
Explosões e vítimas
As explosões dos aparelhos aconteceram em múltiplos lugares no sudeste do país, incluindo estabelecimentos públicos, como mercados, barbearias e nas ruas também.
Imagens de câmeras de segurança em supermercado local capturaram o momento de uma das explosões (Foto: reprodução/Reuters)
O governo informou que cerca de 200 dos 2.800 feridos nas explosões estão em estado crítico. Oito membros do Hezbollah morreram nos ataques também. Um dos feridos é o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani. A sua esposa informou que ele está com leves ferimentos e que estava se recuperando em um hospital local. De acordo com médicos que estão atendendo as vítimas, os ferimentos foram nas regiões dos rosto, olhos, mãos e pés, tendo casos de amputação de membros.
Responsabilidade pelos ataques
O Líbano e o grupo Hezbollah responsabilizaram Israel pelas explosões desta última terça-feira e afirmaram que eles irão “sofrer o castigo merecido por esta agressão pecaminosa”, afirmou o grupo em um comunicado. O ministro de comunicação libanês, Ziad Makary, condenou os ataques e afirmou que foi um ataque israelense. Para Reuters, um membro do grupo terrorista afirmou que essa foi a maior falha de segurança do grupo, desde o início da escalada do conflito com Israel. Especialistas no assunto apontaram que as explosões poderiam ter acontecido por um ataque hacker que causaram superaquecimento dos dispositivos ocasionando as explosões.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) não se pronunciaram sobre as explosões. Desde o início do conflito, o Líbano tem sido um dos alvos do governo israelense e as tentativas de acordo estão se esgotando em meio ao apoio do Hamas ao Hezbollah.
Foto destaque: Libaneses se reúnem em frente a um comercial local atingido pelas explosões (reprodução/Reuters/Hassan Hankir)