Exército russo teria sequestrado, nessa segunda-feira (21), quatro jornalistas ucranianos na cidade de Melitopol. Segundo o Sindicato Nacional de Jornalistas da Ucrânia, na última quarta-feira (16), o exército russo libertou o prefeito da cidade, Ivan Fedorov, depois de duas mil pessoas protestarem contra sua prisão. Todos os profissionais eram associados ao Melitopolskie Vedomosti, um jornal local. No grupo estavam Mykhailo Kumko, editor do jornal; Yevhenia Boryan, seu editor chefe e dois repórteres, Yulia Oklhovska e Lyubov Chaika.
O principal diplomata dos Estados Unidos, Anthony Blinken, disse que o país está analisando se a Rússia está atacando os jornalistas de forma deliberada. Pelo menos cinco jornalistas já foram mortos durante o conflito: o franco-irlandês Pierre Zakrzewski, um veterano dos campos de batalha, o americano Brent Renaud, que já trabalhou para o The New York Times, a ucraniana Oleksandra Kuvshinova, que trabalhavam para a emissora norte-americana Fox News, e os ucranianos Viktor Dudar e Yevhen Sakun.
"Estamos analisando bastante em quem as forças russas estão mirando, inclusive se estão atingindo intencionalmente civis, jornalistas ou quaisquer outras pessoas", disse o diplomata em entrevista à rádio NPR, Completando que ataques determinados a civis e jornalistas é um crime de guerra.
Vladimir Putin (Foto: Sergei Guneev/ Divulgação)
Foi dito ao sindicato por Anna Medvid, diretora-geral da empresa, que os soldados russos realizaram uma ‘conversa preventiva’ com os profissionais, com o intuito de colaboração. Os soldados confiscaram celulares e os servidores doméstico dos comunicadores, de acordo com Anna.
Iryna Vereshchuk, a vice-primeira-ministra ucraniana, disse que os russos sequestraram outros três cidadãos israelenses Em Melitopol. A ministra informou pelo meio de comunicação ‘Telegram’, que as vítimas são Tatiana Kumok e seus pais Mikhail e Vera Kumok. Em seus textos, Iryna manda um recado ao país, informando que Israel não quer brigar e que não apoiam muito as sanções contra Putin. “As tentativas dos israelenses de nos reconciliar com os russos são mais como uma tentativa de nos estimular a nos redermos com honra”, disse ela, garantindo que os ucranianos não farão isso.
Foto Destaque: protesto em Melitopol após prisão do prefeito. Reprodução/Facebook/U24
