Nesta segunda-feira (30), o exército israelense anunciou o resgate de Ori Megidish, uma soldado sequestrada pelo Hamas no ataque de 07 de outubro e mantida refém na faixa de Gaza. De acordo com comunicado do Estado Judeu, Megidish já realizou exames médicos e está com a família.
A soldada foi resgatada durante a operação militar desta segunda-feira (30), na cidade de Gaza. No entanto, a invasão ao maior território da Faixa de Gaza iniciou-se na última quinta-feira (26), quando tropas israelenses atacaram o território palestino por terra e ar. Moradores ainda relatam que o exército de Israel tem impulsionado ataques marítimos, através Mar Mediterrâneo.
Reféns do Hamas
Após o ataque em Israel no dia 07 de outubro, estima-se que o Hamas tenha feito mais de 200 reféns – dentre eles, estão: cerca de 20 crianças e pelo menos 10 pessoas com mais de 60 anos, sendo estes de diferentes nacionalidades. O grupo extremista afirma que os sequestrados são mantidos em “locais e túneis seguros” na Faixa de Gaza, mas ameaçam matá-los caso o Estado Judeu volte a bombear o território palestino.
No entanto, após negociações do Catar e do Egito, o Hamas libertou quatro reféns. As americanas Judith e Natalie Raanan, mãe e filha, foram as primeiras liberadas, em 20 de outubro. Já as idosas israelenses Nurit Yitzhak e Yochved Lifshitz foram soltas três dias depois, "por razões humanitárias urgentes", segundo o grupo extremista.
Em entrevista coletiva, a refém Lifschitz afirmou que foi levada a uma “enorme rede” de túneis geridos pelo Hamas, onde grupos de cinco pessoas eram separados em diferentes salas. A idosa também contou que os reféns possuíam atendimento médico a cada dois dias, eram alimentados com queijo e pepino, além de afirmar que um guarda ficava responsável pela vigia de cada grupo. De acordo com Lifschitz, ao chegar nos tuneis, os raptores do Hamas a informaram que ela não seria machucada, pois estes “acreditam no Alcorão”.
Hamas publica vídeo de reféns
Reféns Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht em vídeo publicado pelo Hamas. (Vídeo: Reprodução/Youtube/UOL).
O grupo extremista publicou, nesta segunda-feira (30), um vídeo em que três reféns – identificadas como Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht – pedem para que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negocie a liberação dos prisioneiros com o Hamas.
"Você deveria libertar todos nós. Você se comprometeu a libertar todos nós. Mas, em vez disso, estamos carregando o seu fracasso político, de segurança, militar e diplomático", diz uma das mulheres no registro.
Através da rede social X, Benjamin Netanyahu chamou o ato do Hamas de “propaganda psicológica cruel”, além de afirmar que Israel está “fazendo de tudo” para libertar os reféns.
Foto destaque: Soldado Ori Megidish com sua família. (Reprodução/Forças Armadas de Israel).