Nesta quinta-feira (4), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas no inquérito das joias. A investigação apura a apropriação indevida de joias milionárias presenteadas durante o seu mandato presidencial. As acusações envolvem crimes graves como peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Entenda quais são os crimes apontados pela PF
- Associação criminosa: ocorre quando três ou mais pessoas se associam para cometer crimes
- Peculato: praticado por funcionário público, caracteriza-se pela apropriação de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que se tem posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio.
- Lavagem de dinheiro: quando há ocultação ou dissimulação a natureza, origem, movimentação, localização, etc., de bens, direitos ou valores que venha de outra infração penal.
O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, ainda não teve acesso ao documento da PF e, portanto, não se manifestou sobre o indiciamento. No entanto, Fabio Wajngarten, um dos indiciados, afirmou em suas redes sociais que seu indiciamento se deve ao cumprimento de suas prerrogativas profissionais.
Atualização do inquérito: Policia Federal encaminha o relatório final para STF
A polícia Federal, nesta quinta-feira à noite (4), entregou ao Supremo Tribunal Federal o relatório final, atribuindo a Jair Bolsonaro e aliados acusações de associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Além do ex-presidente, foram indiciados: Bento Albuquerque (ex-ministro de Minas e Energia), José Roberto Bueno Júnior (ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia), Julio César Vieira Gomes (auditor-fiscal e ex-secretário da Receita), Marcelo da Silva Vieira (chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República), Marcos André dos Santos Soeiro (ex-assessor de Bento Albuquerque), Mauro Cesar Barbosa Cid (tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Fabio Wajngarten (advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação) Frederick Wassef (advogado do ex-president) e Osmar Crivelatti (assessor de Bolsonaro).
Policia Federal indicia Bolsonaro e outros seis no caso das joias (Vídeo: reprodução/YouTube/Globo News)
Agora, Competirá à Procuradoria-Geral da República avaliar as informação e decidir se apresenta uma denúncia formal na Justiça ou arquiva o caso.
Foto destaque: Relógio cravejado em diamantes, avaliado em R$ 1 milhão, joia dada de presente durante o mandato a presidência de Bolsonaro (reprodução/Fantástico)