Nesta quinta-feira (27), em Jerusalém milhares de israelense se manifestaram a favor da polêmica reforma judicial que foi promovida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e denunciada como antidemocrática por seus detratores.
Os israelenses se concentraram em frente ao Knesset (Parlamento) onde eles agitaram bandeiras israelenses e gritaram que "O povo exige uma reforma judicial!". Eles continuam divididos sobre a legislação, já que segundo seus proponentes restauraria o equilíbrio para as autoridades do país. Alguns críticos afirmam que a proposta acaba removendo o controle sobre os que estão no poder e que de acordo com o sistema político de Israel, o primeiro ministro (Executivo) deve ter o apoio da maioria do Parlamento (Legislativo) para governar. Atualmente, Netanyahu conta com uma base de 64 parlamentares de um total de 120.
Para os críticos, a reforma também dará ao governo poder descontrolado, anulará a independência judicial de Israel e deixará as minorias desprotegidas. Vários deputados de partidos de direita e extrema direita participaram da marcha e também se reuniram em frente a um telão, onde aparecia a frase "Não vão nos roubar as eleições".
Israelenses protestam contra Benjamin Netanyahu (Foto:Reprodução/Menahem Kahana/AFP)
O parlamentar de extrema direita e ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou ao se dirigir à multidão: “Para todos os meus amigos que estão sentados aqui, vejam quanto poder temos”.
O ministro das Finanças também falou que eles têm a mídia e tem magnatas que financiarão os protestos, porém nós temos a nação, falou que irá consertar o que precisa ser consertado.
O ministro da Justiça, Yariv Levin, que é responsável pela reforma, também participou do ato e informou que os dois milhões de israelenses que preferiram votar no atual governo posicionaram-se a favor de uma reforma judicial e prometeram fazer uma correção significativa na situação atual.
Desde fevereiro, quando foi feito o anúncio da reforma, milhares de israelenses se manifestam contra sua aprovação.
Após a intensificação dos protestos e também do início da greve geral, Netanyahu anunciou que no fim de março, uma "pausa" legislativa é o melhor para dar uma "chance ao diálogo".
Foto Destaque: Em Jerusalém milhares de pessoas se manifestam a favor da proposta de reforma judicial (Foto:Reprodução/David Silverman/Getty Images)