Começa nesta terça-feira (08), nos Estados Unidos, as eleições de meio de mandato para compor o Congresso. Os americanos irão escolher todas as 435 vagas da Câmara de Representantes, 30 de 100 assentos no Senado, 36 governadores e renovar praticamente todas as assembleias locais.
Conhecidas como “midterms”, essas eleições funcionam como avaliação ao governo do atual presidente. Ao longo de 160 anos, raramente o partido do presidente garantia a maioria dos assentos. A Câmara dos Representantes é completamente renovada a cada dois anos, atualmente são 220 assentos do Partido Democrata, o partido de Joe Biden, e 212 do Partido Republicano, além de 6 representantes sem direito ao voto e 3 assentos vagos.
Com base nas pesquisas mais recentes, a expectativa é de que a oposição republicana conquiste entre 10 e 25 cadeiras a mais na Câmara, constituindo maioria. Com menos clareza sobre o Senado, os republicanos ainda parecem estar na frente também.
Joe Biden discursando no estado de Nova York (Foto: Reprodução/Saul Loeb/AFP)
Na eleição presidencial de 2020, a contagem de votos apresentou lentidão em alguns estados, levando alguns dias até que Joe Biden fosse declarado vencedor. Dessa vez espera-se que o resultado saia mais rápido, embora, estados decisivos, como Arizona, Nevada e Pensilvânia, possam levar vários dias para realizar a contagem de todos os seus votos.
Caso consiga maioria suficiente, Joe Biden poderá contornar as atuais regras do Congresso que impedem a legalização do aborto e a proibição de fuzis. Por esse motivo, o presidente democrata pede aos americanos um voto de confiança. Enquanto isso, os republicanos fazem promessas para lutar contra a inflação, a imigração, o crime e continuar a ofensiva contra os atletas transgêneros. Os dois lados defendem que o futuro do aborto, das armas e do sistema de saúde do país dependem do resultado dessa votação. Para Biden, o resultado servirá como um termômetro para a aceitação do seu governo e para Trump, será um teste para seu futuro político.
Foto destaque: Eleitor vota de maneira antecipada Foto: Reprodução/Evelyn Hockstein/Reuters