Nigel Farage, responsável por arquitetar o movimento separatista do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (UK), conhecido como Brexit, declarou nesta segunda-feira (03) intenção de concorrer nas eleições gerais do UK, que ocorrem no dia 4 de julho, com intenção de assumir o cargo de Premier do país.
Farage concorrerá pelo Partido Reformista, considerado de direita e tem apoiado medidas protecionistas para o país.
O Parlamento Inglês em sessão deliberativa (Foto: reprodução/UK Parliament)
Pressão política
A candidatura de Farage pressiona o tradicional Partido Conservador, do primeiro-ministro Rishi Sunak. O líder do Brexit já tentou a eleição por sete vezes sem sucesso, mas devido ao clima político europeu atual, teme-se que a direita vença as eleições no país.
Partindo do Brexit, todas as propostas do partido de Farage seguem na linha de se fechar para o resto da Europa e priorizar o povo dos quatro países que formam o UK: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Protestos anti Brexit no Reino Unido (Foto: reprodução/Dan Kitwood/Politico)
Processo eleitoral
Diferentemente do Brasil, no Reino Unido as eleições são indiretas: os cidadãos votam nos representantes que vão compor a Câmara dos Comuns. Cada um dos 650 distritos do Reino Unido elege um representante para si, que comporá a Câmara dos Comuns, setor mais baixo do Parlamento Inglês, criado originalmente para se opor à Câmara dos Lordes, formada por nobres e aristocratas.
Após a eleição, separa-se o Parlamento entre o Partido Conservador e o Partido Reformista. Aquele que atingir pelo menos 51% da composição do Parlamento se torna maioria, e o líder do partido em questão assume o cargo de Primeiro-Ministro.
Vale ressaltar que o Reino Unido é uma monarquia parlamentar e que, segundo os preceitos desse regime, cabe ao Primeiro-Ministro as decisões políticas mais importantes do país. Os monarcas ainda existentes servem de balizador moral e guia político para o povo, mas não possuem fala efetiva nas decisões do Parlamento, ainda que possam revogá-las e convocar o fechamento do órgão caso julgue que o país está sendo mal gerido.
Foto destaque: Nigel Farage em fala pública (Reprodução/PA Wire)